O trip hop dos Massive Attack ainda mexe

Já não é novidade nenhuma que os Massive Attack estão de volta.

Aos discos, com o EP “Ritual Spirit” e aos concertos, com os Young Fathers – por cá, estarão no SBSR lá mais para julho.
Não há volta a dar.
Há bandas que marcam uma época e os Massive Attack, a par dos Portishead e Tricky, essa gente do trip hop britânico, marcaram os anos 90.

E por isso, ouvir as canções de “Ritual Spirit” é como regressar a um passado já distante e ao que de melhor os moços fizeram.

O primeiro “impacto” deu-se com “Take It There”, canção intensa com Tricky, mais de 20 anos depois da colaboração no maravilhoso “Protection”.
 
Colou assim que a ouvi, com o seu beat calmo e a voz quente, rouca, áspera de Tricky a envolver-nos de imediato. Como se fizesse parte da minha playlist desde sempre.

Talvez venha a acontecer o mesmo com “Ritual Spirit”, o segundo tema neste EP, que conta com a participação de Azekel, de voz suave e mais delicada. Bastou pouco para que se entranhasse, e perceber que, tal como “Teardrop”, também esta tem todo o potencial para nos lembrarmos dela daqui a muitos anos.






O mesmo não posso dizer de “Voodoo In My Blood”, que apesar de contar com Young Fathers, os escoceses premiados com um Mercury Prize, não me encheu as medidas. Demasiado experimental, talvez.



A terminar, o tema que abre o disco: “Dead Editors”.
Roots Manuva – que também vai andar por cá – dá a voz ao tema mais dançável, que quase acompanha o nosso ritmo cardíaco – ou será ao contrário – ao som de uma linha de baixo sempre presente.
Perfeito para um «after-hours», diria eu.



Se este EP é amostra do que aí vem – diz que há novo EP na primavera, e disco lá mais para o fim do ano – só prova que afinal os Massive Attack ainda têm algo para nos dar.
E isso é mais do que suficiente para nos entusiasmar.

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