A síndrome do difícil segundo álbum em 3 discos
2017 marcou o regresso de Royal Blood, Haim e Lorde cujos discos de estreia foram lufadas de ar fresco. Hoje, falamos sobre os seus segundos discos. Os tais que têm a difícil tarefa de superar o primeiro, que, salvo raras excepções, é sempre bom, fresco, irreverente.
"Something To Tell You" - Haim
Vou ser sincera, não colou. O entusiasmo que geraram com "Days Are Gone", pop curta, direta e boa, esmorece em "Something To Tell You". Soa demasiado romântico, com tudo o que possa ter de bom e de mau, e torna-se aborrecido. A primeira metade do disco até promete mas as restantes canções não cumprem. De todas, fica "Little Of Your Love", para mim a mais próxima da fórmula pop perfeita e vencedora do primeiro disco.
"How Did We Get So Dark" - Royal Blood
«The Louder The Better» mantém-se como o lema do duo britânico. Já não soam inovadores, é certo, mas a fórmula (ainda) funciona. Ben Tatcher continua indomável na bateria e Mike Kerr irrepreensível no baixo. A catchy "I Only Lie When I Love You" é a que mais sobressai num disco que soa muitas vezes a «mais do mesmo», o que não é necessariamente mau. Mas, em disco, sabe a pouco e para mim, os Royal Blood são para se ver, ouvir e sentir ao vivo. Explosivos do primeiro ao último minuto.
«The Louder The Better» mantém-se como o lema do duo britânico. Já não soam inovadores, é certo, mas a fórmula (ainda) funciona. Ben Tatcher continua indomável na bateria e Mike Kerr irrepreensível no baixo. A catchy "I Only Lie When I Love You" é a que mais sobressai num disco que soa muitas vezes a «mais do mesmo», o que não é necessariamente mau. Mas, em disco, sabe a pouco e para mim, os Royal Blood são para se ver, ouvir e sentir ao vivo. Explosivos do primeiro ao último minuto.
"Melodrama" - Lorde
"Pure Heroin" é um primeiro disco incrível, e "Melodrama" não lhe fica atrás. Lorde soube absorver tudo o que lhe aconteceu e criar um disco surpreendente. É intenso e descontraído. Ao mesmo tempo que nos chama para a festa também nos apela ao sentimento, mas sem lamechices. É emotivo e autêntico, cheio de energia e de força. Não há canções más ou menos boas, todas têm algo que nos faz sentido - ainda assim, admito que "Green Light" é perfeita para começar o dia. O disco como um todo é brilhante, mesmo nos momentos mais calmos. Nesses, é a voz de Ella que se assume, despida de artifícios, segura e decidida. É, sem dúvida, um dos albuns (pop) do ano.
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