Ao Vivo: The Killers no Parque da Bela Vista em noite de RiR 2018

É uma crónica há muito devida, esta. Talvez até já não faça muito sentido. Mas a verdade é que, para mim, fará sempre sentido escrever sobre os concertos em qualquer momento, sobretudo quando se tornam incontornáveis.
E o de dia 29 de junho é um desses casos.

Não somos pessoas de Rock in Rio, já o dissemos antes. Mas também não somos fundamentalistas. Às vezes, há um ou outro nome que nos puxa para aqueles lados de Lisboa - este ano, os The Killers -  e lá vamos nós.
Previsivelmente (ou não), na única noite em que decidimos aparecer, choveu a potes. Felizmente, momentos antes do início do concerto, a chuva parou.

E que concerto - estive em todos eles e mesmo não sendo particularmente adepta de algumas das últimas composições, a verdade é que os concertos dos The Killers são sempre incríveis, um verdadeiro espectáculo pela mão de um irrepreensível mestre de cerimónias: Brandon Flowers.

Não nos podia ter calhado melhor alinhamento. Quer dizer, podia, mas, tendo em conta, os últimos registos, até que nos correu de feição. Baseado na colectânea "Direct Hits", incluiu apenas dois temas do novo "Wonderful Wonderful". E ainda bem, que o concerto era de festival e há mais de cinco anos que não nos visitavam - e eu sou apologista que, nestas coisas, há que apostar num best of!  ;)

Mostrando que estavam prontos para dar tudo, abriram com "The Man" que, como seria de esperar, se tornou um hino nos concertos, logo seguida por "Somebody Told Me", esse tema tão incontornável, e "Spaceman", com Flowers a recordar a passagem pelo Restelo em 2009.

"The Way It Was", "Shot At The Night" e "Run For Cover" (do último álbum) não constam da minha playlist mas funcionam ao vivo e ajudam a manter o equilíbrio do alinhamento - já se sabe que é preciso recuperar o fôlego... "Smile Like You Mean It" e "For Reasons Unknown" deixaram-nos sem voz, acalmando depois com "A Dustland Fairytale" e "Runaways".

Por esta altura, acredito que era visível o sorriso largo e o ar de felicidade. Estava a ser (mais) uma experiência incrível. Um jogo de luz irrepreensível, presenças extraordinárias de Ronnie Vannucci (endiabrado como sempre) e de Brandon Flowers, claro, com a voz no ponto, sem falhas - um Mr. Entertainment como poucos...

Mas foi a sequência final que me arrebatou por completo: a "Read My Mind", que continua a ser um dos temas maiores dos The Killers, seguiu-se "All These Things That I've Done", que é de longe uma das minhas all-time favorites. "When You Were Young", enérgica e explosiva, conduziu-nos até ao encore com "Human" e a estrela maior "Mr. Brightside", cantada mais uma vez a plenos pulmões.

Desta vez, não apanhámos confettis, mas o fogo de artifício da casa foi o topping perfeito para fechar a (minha) festa.
Mais uma vez, dancei e vibrei ao som de cada nota. Quanto às saudades dos The Killers, matei-as todas.
Só espero que não se passem mais cinco anos até ao seu regresso.

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