Ao Vivo: The Lazy Faithful, Sabotage Rock Club

Quinta-feira, 29 de janeiro, Sabotage Rock Club.
Espaço composto para a (segunda) noite de residência da Azáfama.

Pouco antes da uma da manhã, depois de uma primeira parte «assim-assim» a cargo dos Basset Hounds, os The Lazy Faithful entraram em palco.
E tenho já a dizer que o espaço se foi tornando pequeno ao longo da noite.
Que estes miúdos tocam rock à séria como "gente grande".

Já tínhamos (arrastei a Alex comigo, pois claro!) ficado com o bichinho quando os descobrimos no evento da Tradiio, em versão menos barulhenta. E desta vez, também não desiludiram - apesar do som não ter estado grande coisa...

Créditos: Concertina

Os The Lazy Faithful partiram a loiça toda.

Os quatro em palco são explosivos e é fácil perceber que se divertem e muito em palco. Estão bem mais soltos do que quando os vimos da primeira vez, nota-se a rodagem, a entrega, a atitude.
Todos eles dão em palco o que têm, Tommy Hogg tem de facto uma voz de fazer inveja a muito «rocker» mas o destaque da noite vai para o baterista, que se mostrou certinho, certeiro e incansável.
Impressionante, o miúdo.

"Frosted Glass" e "Easy Target" foram, até à sequência final, os pontos mais altos. 
"Nothing Goes On" é de longe um dos temas mais old school do alinhamento, e ao vivo ganha uma força incrível e põe toda a gente a mexer.

A música nova é brutal, soa familiar em bom, com aqueles acordes que nos fazem lembrar o velhinho e bom rock n' roll.

A fechar, "Good Night", outro dos grandes temas do disco.
Tommy despiu o robe, para delírio da assistência, e o baixista incentivou o mosh.

Créditos: Concertina

O grupo foi tão aplaudido que lhes pediram mais uma.
E os miúdos não fizeram a coisa por menos: a cover de "Born To Be Wild" à moda do Porto: a rasgar.
Foi tão, tão bom que instintivamente demos por nós a pensar que «estes sim, deveriam estar a actuar para um estádio inteiro».
Talvez um dia.

Se alguém tem dúvidas que estes miúdos podem ir longe, apanhem-nos em concerto.


nota final: a primeira parte ficou a cargo dos Basset Hounds. Diz que são uma das apostas para 2015 mas não nos convenceram.

Lá está, não se pode gostar de tudo, e nestas coisas da música, ou cola ou não cola. E neste caso, não colou.
Admito que possam ter sido prejudicados pelo som, que de facto não estava bom. Uma das guitarras não se ouvia, o microfone não melhorou ao longo da noite. E tendo em conta que nos pareceu que o vocalista não tem assim tanta potência vocal, bem, podem imaginar...
E depois houve aquela necessidade de quererem ser engraçadinhos. De acharem que têm de ter piada entre temas. E quanto mais esforço fazem, pior lhes sai.

Confesso que desligámos a meio, ansiosamente à espera da segunda parte.
"Over The Eyes" pôs-nos a mexer, é certo, mas só porque o fim tinha sido anunciado.