Sobre "Running Days", de J. Bernardt
Hoje falamos do disco de estreia de J. Bernardt, aka Jinte Deprez, o outro vocalista dos Balthazar.
Na sua cena a solo, está definitivamente mais próximo do universo electro-pop de Chet Faker, sendo "On Fire" ou "The Other Man", os melhores exemplos.
Desde os primeiros singles que crescia a ansiedade pelo disco completo e assumo que "Running Days" não me desiludiu. Não consigo escolher as melhores; aos poucos, todas as canções do disco foram ganhando o seu espaço.
"Running Days" está recheado de melodias intensas, negras, que, ao mesmo tempo, soam coloridas e descontraídas. Os arranjos «calmos» embalam-nos, e as canções mais upbeat pedem no mínimo um bater de pé.
As batidas simples de "On Fire" ou a linha de piano (nada) subtil de "The Other Man" contrastam com o toque tropical de "The Question" ou com a complexidade instrumental de "Wicked Streets" - talvez a que mais se aproxima do som dos Balthazar e do trabalho de Warhaus - que é também a que mais mexe com os meus sentidos...
"High Low" marca a pausa no ritmo intenso e dançante, que nos conduz ao sensual jazz da instrumental "Motel", terminando com a batida em modo «metrónomo» de "Running Days" e que vai crescendo ao longo da música, criando um instrumental estrondoso.
A cada escuta, "Running Days" vai-se tornando indispensável como equilíbrio do dia-a-dia. E se estão com saudades de Chet Faker, este disco é para vocês.
Para mim, é de certeza.
Para mim, é de certeza.
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