Ao Vivo: Alt-J @ Altice Arena

Créditos: Phonograph Me

«Veni, Vidi, Vici»

É assim que posso caracterizar o concerto dos Alt-j, o primeiro do ano e o primeiro em nome próprio em Portugal (depois de umas quantas passagens por festivais).

A Altice Arena está longe de esgotar, mas ainda assim encontro-a bem composta, e, o mais importante, com muita gente (estrangeiros incluídos) ávida por ouvir os moços de Leeds.

"Pleader", "Fitzpleasure" e "Nara" abrem as hostes, transportando-nos para o universo mágico dos Alt-J, e, por incrível que possa parecer, o som na arena não desilude. Está bastante bom, aliás, e à altura do som inconfundível do grupo.

"Something Good" e "The Gospel Of John Hurt" antecedem a explosiva (e uma das minhas favoritas) "In Cold Blood"; à belíssima "Tessellate", seguem-se "Every Other Freckle" e "Hunger of The Pine", mostrando que os moços sabem bem o que fazem, ao intervalar as canções mais calmas com as mais mexidas. O alinhamento vai soando perfeito e o concerto torna-se fluído, ainda que interajam pouco connosco. E o espectáculo de luz, sóbrio mas intenso, é um complemento perfeito ao longo da noite.

"Deadcrush" e "Bloodflood" marcam o passo até "Matilda", uma das mais «fofinhas» e provavelmente a mais aguardada por muitos dos presentes, a julgar pela emoção com que é recebida e cantada :)
Depois de "Dissolve Me", outro momento alto com "Left Hand Free", mas é a maravilhosa "Taro" que me provoca arrepios na espinha.... há qualquer coisa de incrível naquela canção...

Créditos: Phonograph Me
Pouco tempo nos separa do encore, que conta com "Intro" de An Awesome Wave, "3WW" - umas das estrelas de "Relaxer" - e a cereja no topo do bolo: "Breezeblocks" - claramente a mais indicada para fechar a coisa com todos nós a entoarmos a plenos pulmões «please don’t go, please don't go, I love you so»...

E é a mais pura verdade.
Nós gostamos mesmo muito deles e não queremos que o concerto termine. É demasiado bom senti-los tão perto, só para nós.

Sim, eles portam-se bem em palcos festivaleiros, mas ali, na sala de acústica habitualmente duvidosa que, desta vez, até esteve irrepreensível, o ambiente foi acolhedor e intimista q.b. para que nos pudéssemos entregar de alma e coração à música dos Alt-J.

Dancei, vibrei, cantei a plenos pulmões, agitei os braços e bati palmas.
Senti a felicidade plena e saí de coração cheio.
E só posso dizer «ainda bem que estive lá».
Será sem dúvida um dos concertos de 2018.

Sem comentários:

Imagens de temas por merrymoonmary. Com tecnologia do Blogger.