A melodia de Tom Odell

Há qualquer coisa que me fascina nos cantores que tocam um instrumento. Sobretudo se estivermos a falar de uma guitarra ou de um piano. Talvez seja por isso que me deixo levar tão facilmente por um Jamie Cullum, um Ben Howard e outros que tais.

A primeira vez que ouvi o Tom Odell foi por alturas dos Brits, quando gravou uma sessão acústica. Por mero acaso, escolhi "Another Love". Um mimo. Uma canção que mexe com o sentimento, uma voz que aquece, um ritmo que cola mesmo que não exista mais que um piano. Há uma melodia que se vai entranhando, que nos vai conquistando. E a versão de estúdio é também ela poderosa, emotiva.




Ao ouvir o single "Can't Pretend", percebi finalmente as referências a Jeff Buckley - bom, mais ou menos, porque eu cá acho que é único. Tom Odell tem uma voz quente, uma sonoridade sofrida, por vezes imperfeita, uma personalidade musical algo envolvente. Em "Hold Me", há um sentido de urgência que transparece nas guitarras, e na força com que interpreta a canção ao piano. E em "Sense", voltamos a pensar - e a ouvir - Jeff Buckley.




Nas suas canções, o piano ganha vida - e eu gosto tanto! - a voz prende-nos e transporta-nos para um mundo de emoções. Reais.

O álbum "Long Way Down" sai a 15 de Abril, e curiosidade não me falta. Mesmo que não seja nada de arrebatador.


all my tears have been used on another love

(Tom Odell, em "Another Love")

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