Super Bock Super Rock 2014: e ao terceiro dia...

... lá rumámos a terras da margem sul, para um fim-de-semana de sol, praia (e piscina) e rock n' roll.

É certo que preferia não ter perdido os Massive Attack, os Disclosure (apesar de não os conseguir ouvir em disco, acredito que ao vivo deve ser espectacular), e sobretudo Woodkid. Mas o orçamento não dá para tudo e na hora de decidir por um dia, a escolha foi mais do que óbvia: 19 de julho.

E que dia!
A ansiedade era muita. The Kills, Foals e Kasabian no mesmo dia e sem sobreposições de horário? Diz que foi um cartaz à nossa medida...


Créditos: Concertina

Assim que chegámos, fiquei com a sensação de que o recinto estava vazio. Pouca gente a circular, muito menos gente no palco EDP. Acho que nunca tinha estado tão "à-vontade" num festival.
Só quando se aproximou a hora do concerto dos The Kills é que a coisa ficou mais composta - mesmo assim, longe, bem longe do ano anterior (diz a organização que estiveram presentes cerca de 24.000 pessoas).
Para nós, foi bom.
Porque conseguimos estar mais perto do palco, no meio da "confusão". E, à excepção de uns quantos mais «efusivos», a coisa passou-se bem.

Mas vamos lá aos concertos.

Se para alguns, o dia começou com o tributo a Lou Reed, Albert Hammond Jr e Sk8ters (não assistimos o suficiente para poder dizer seja o que for), para a equipa Phonograph Me, foi com os The Kills.


Créditos: Concertina

Com dois percussionistas e, mais tarde, um coro de duas cantoras, Allisson Mosshart mostrou mais uma vez porque é uma «leoa» em palco. A voz poderosa, a postura, o lado mais "feroz" quando pega na guitarra contrastam com o ar recolhido entre as canções. Aí, é Jamie Hince que dá a cara e tenta puxar pelo público - que, sejamos sinceros, ficou muito aquém do que eles mereciam...
"U.R.A. Fever", "Future Starts Slow", "Heart is a Beating Drum", "Satellite", "DNA", "Baby Says" e "Tape Song" foram alguns dos temas presentes no alinhamento em jeito de «clássicos» (palavras da chavininha).
E que bom que foi voltar a ouvi-los ao vivo!
Não foi um concerto memorável, está longe do que se viveu há dois anos, no Alive.
Mas para nós que gostamos - e muito -  foi intenso e electrizante...


Créditos: Concertina

Ainda não nos tínhamos recomposto do concerto anterior e já se ouviam os acordes iniciais de "Prelude". Ao longo de pouco mais de uma hora, Yannis Philippakis deu tudo em palco. E o público respondeu à altura.
Com um jogo de luzes fabuloso, os Foals deram seguramente um dos melhores concertos. Uma força em palco brutal, muito, muito melhores que no Coliseu de Lisboa.
"Bad Habit" voltou a ficar de fora do alinhamento - não se percebe porque é que os moços não mudam a setlist de vez em quando... Mas "My Number", "Milk & Black Spiders", "Spanish Sahara", "Inhaler" e "Two Steps Twice" não faltaram.
Como seria de esperar, resultaram em entusiasmo colectivo.
E elevaram bem alto a fasquia para o que ainda estava para vir...


Créditos: Concertina

A fechar a noite no palco SBSR, os Kasabian.
E tenho a dizer que foi explosivo.
Tom Meighan e Sergio Pizzorno souberam pegar no público desde o início e o ambiente foi de delírio. "Bumblebee" abriu o alinhamento e foi um dos primeiros momentos de explosão, muito por culpa do refrão «cause when we're together, i'm in ecstasy».
"Days Are Forgotten", "Club Foot", "Empire" são a viagem obrigatória ao passado; "eez-eh" e "treat", do novo "48:13", são uma agradável surpresa ao vivo levando toda a gente ao rubro. Mas a verdadeira comunhão dá-se com "L.S.F.", "Vlad the impaler", e "Fire", um dos melhores temas da banda e que nos pôs a cantar a plenos pulmões «and i'm on fireeeeeeeeeee».


Créditos: Concertina

Em hora e meia, os Kasabian puxaram pelas palmas, pelo «sing-along», pela dança, pelos saltos e também pelo mosh. E provaram, se dúvidas ainda houvesse, que foram uma aposta ganha para encerrar o festival.
Foi impressionante sentir toda a gente no limite, prestes a explodir. A banda deu tudo o que tinha, e o público também.
Foram enormes em palco, e apesar de não terem tocado "Fast Fuse" - o que teria tornado o alinhamento perfeito - deixaram-me com um sorriso de orelha a orelha...

Dias depois, o sentimento em relação ao dia 19 de julho, mantém-se, no que a concertos diz respeito.
Entusiasmo de parte a parte - que a coisa não resulta de outra forma.
Energia e explosão.
Intensidade e emoção.
Que é exactamente o que se espera de um (dia de) festival.

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