A música portuguesa também pode ser cabeça-de-cartaz

O mês de Agosto já não é só mês de férias para muitos e de regresso a "casa" para tantos outros. É também mês de festivais, o panorama já não se resume só à Zambujeira do Mar e a Paredes de Coura.

Nem todos terão a dimensão - e a pretensão - de um "Sudoeste" ou de um "Paredes de Coura", mas a oferta tem crescido um pouco por todo o país. Esta semana, por exemplo, fica marcada por três festivais a decorrer em simultâneo, de 14 a 17 de agosto (a ver vamos se há mercado para tal coisa...), com um elemento comum: é a música portuguesa que se vai fazer ouvir e descobrir.

"O Sol da Caparica", é o estreante. Vão ser 4 dias de «música, animação e surf», por onde vão passar entre (muitos) outros Buraka Som Sistema, GNR, David Fonseca, Rita Redshoes, António Zambujo, Dead Combo, bem como os «internacionais» Gabriel o Pensador e Anselmo Ralph. Nomes sonantes para o grande público.

No "Bons Sons" (Cem Soldos, Tomar) e no "Fusing Culture Experience" (Figueira da Foz), concentra-se sobretudo o que de novo se vai fazendo por cá. Os Capitães da Areia, parte da família Azáfama, JP Simões, Brass Wires Orchestra, Gisela João, Capicua, Noiserv, Los Waves, Memória de Peixe, We Trust, Fachada, PAUS, Sequin, You Can't Win Charlie Brown e Salto são alguns dos nomes que vão actuar nos próximos dias.

Longe vão os tempos em que eram sempre os mesmos.
São poucas as repetições nos três cartazes, sinal claro que o que não falta são bandas e projectos a merecer a atenção do público português.
Quanto mais não seja, pelo facto de terem destaque fora de portas (se ainda não o fizeram, leiam o artigo da revista «Les Inrockuptibles» aqui).

O que só confirma o que muitos ainda têm receio de admitir: que a música portuguesa também tem qualidade.

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