2015, um ano morno

É oficial, o ano de 2015 chega hoje ao fim, e torna-se habitual a lista do que de melhor (e às vezes de pior) se fez musicalmente.
Nós não somos excepção, mas de certeza que as nossas escolhas (quase) nada têm a ver com as do resto do mundo.


A chavininha dirá de sua justiça mais logo, mas parece-me que estamos de acordo numa coisa. Tudo nos parece igual a tantas outras coisas, falta aquele factor "novidade". Tudo aquilo que a malta adora ou acha o máximo, soa-me aborrecido e, por isso, confesso que a eleição do meu top 5 foi deveras difícil. Verdade seja dita, nem sequer é um top 5.

Começo pelos discos, que não foram assim tantos: claramente a lufada de ar fresco que 2015 precisava, “What Went Down” dos Foals; “At Least For Now” de Benjamin Clementine, que à falta de melhor palavra é arrebatador; “Thin Walls” dos Balthazar que marcou a primeira metade do ano e “In Dream” dos Editors, que não sendo o seu melhor disco, é um disco dos «meus» Editors.

As canções deram mais luta, foi nelas que me perdi em 2015.
Não consigo, nem quero eleger só cinco, como já disse várias vezes, este ano foi para mim um ano de canções, muito mais do que de discos.


Como “Quite Like” dos franceses HER, pouco ou nada conhecidos, imagino, que colou assim que a ouvi, pela mão de Mónica Mendes no extinto “M” da Antena 3. E “What Went Down” dos Foals, que é a música que me desperta nas manhãs mais duras.



“No Harm” dos Editors, marcou o regresso da «minha» banda mais querida, e “What Kind Of Man” de Florence & The Machine, forte e intensa. “Magnets” dos Disclosure acompanhados por Lorde, é para mim a relíquia pop de 2015. “Aguentem-se os fracos” dos Trêsporcento, foi um regresso muito aguardado aqui no estaminé.



E claro, não podia deixar de fora “Save a Prayer” na versão dos Eagles Of Death Metal, por todos os motivos e mais alguns.


Quanto a concertos, infelizmente o ano não foi tão concorrido como gostaria, e dos que assisti, poucos foram os que me marcaram.


A Banda do Mar subiu ao palco do Tivoli há quase um ano, e é claramente um dos meus concertos de 2015, com tudo a que temos direito. Chet Faker no Coliseu dos Recreios foi emoção à flor da pele, e James Blake no NOS Alive, apesar de tudo, tem de constar na lista porque foi a primeira vez. E claro, os Trêsporcento no Bons Sons, naquele que foi um concerto festivo, enérgico e extraordinário.



2015 ficará para a história como o ano de «poucos mas bons».


De 2016, espero que seja no mínimo excepcional. E a nível musical, bem melhor que 2015. Com coisas novas, vibrantes e que nos marquem. Os concertos que aí vêm fazem adivinhar um novo ano cheio de emoções fortes.


O desejo é que as expectativas sejam cumpridas.

E porque não excedidas? ;)

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