Adeus 2015, até sempre.
No ultimo dia de 2015, chegamos àquela parte em que se fazem balanços, se pensa no que passou, já com a cabeça no que o ano novo vai trazer. É tipico e fatídico. E funciona sempre assim por mais anos que passem.
Nada a fazer.
É como se isso ajudasse a empacotar o ano velho num caixote direitinho e bonitinho e ficassem só as coisas que nos interessam, ou qualquer coisa desse género.
Nós, por aqui, não somos propriamente excepção a essa convenção, e, por isso, vamos lá fazer o balanço básico: o que para mim foram os melhores Albuns, as melhores musicas e os melhores concertos.
Já se sabe que a gerência normalmente não se rege pelas mesmas regras, e como tal, há surpresas, e muitas diferenças. Até porque como somos duas, era anormal que isto não acontecesse, digo eu.
Então, vamos lá ver, o meu top 5 de melhores Albuns de 2015...
(e logo eu que sou tão má a fazer estas retrospectivas... problemas básicos espaço-temporais que não passam...)
Sem ordem de preferencia, o album dos Foals, What Went Down é uma das minhas escolhas mais obvias, eu que sempre assumi a minha queda por rock, e este (finalmente) vem cheiinho dele. E são os Foals. Ponto. Andando para trás nos meses, Benjamin Clementine também me conquistou, pois claro, com o seu At Least For Now, que me voltou a ensinar a sentir coisas de uma forma mais crua e mais incisiva e me fez lembrar o bonito que há mesmo nas coisas mais feias. Lugar de destaque também para os Tame Impala, que me acompanharam em todo o verão com o seu Currents e que foram bem mais do que uma optima companhia estival. Não me posso esquecer, claro, de I Love You, Honeybear e de Father John Misty, capaz de me por a rir e de me por a chorar, conforme fosse o estado do tempo e do meu humor nos dias de Primavera, e claro, no meu caso, não seria possível não referir Uptown Special, de Mark Ronson, que foi companhia constante desde que "pos os pés" no iTunes algures em Janeiro deste ano.
No que diz respeito as musicas, as minhas escolhas são subjectivas, até porque uma das que mais me fez sentido este ano nem sequer é deste ano. E sim, estou a falar de "Vulcan, AB", dos The Rural Alberta Advantage. Há la coisa melhor para andar de carro? Pois, se há ainda não descobri. Junto com ela, o meu 2015 foi marcado por "Crack in The Pearl", de Mark Ronson com Andrew Wyatt, que ainda hoje me continua a arrancar sorrisos do fundo da barriga, por "We All Have a Price" dos Society, e por cada uma das musicas deles que foram saindo este ano, que me fazem ansiar pelo bendito album que nunca mais sai, por "Yes, I'm Changing" dos Tame Impala, porque sim, a verdade foi mesmo essa, e por "Albatross" dos Foals, que é uma belíssima forma de acabar o ano.
No que diz respeito aos concertos, a coisa complica-se consideravelmente. Até porque, tirando o de Benjamin Clementine na Casa da Musica, que de facto foi quase um "Life-changing moment", e que me trouxe paz e serenidade numa altura que se esperava no mínimo estranha, todos os outros foram mornos. Não costuma acontecer, é uma verdade, mas foi isto que se passou. Portanto, os outros 4 que o acompanham são consideravelmente menos marcantes, e correm o risco de que eu não me lembre deles daqui a uns tempos. Assim sendo, tenho que falar nos Wombats no NOS Alive, mais por teimosia do que por qualidade, até porque só valeu porque andamos a dançar com os Joy Division, que era uma coisa que eu ja queria fazer ha anos, o acústico de Patti Smith do NOS Primavera Sounds, pela magia de a ver a ela mais do que por tudo o resto, o dos Linda Martini no Teatro Aveirense, porque foi no dia antes de eu fazer anos e não, não trouxe as baquetas para casa, e o dos Budda Power Blues com a Maria João, no Luso, até porque devemos sempre voltar a ver as coisas que de facto nos fazem felizes.
Dito isto, não tenho mais nada a declarar a não ser esperar que 2016 seja mais animado ainda ao nível da musica, que ultimamente me aborrece a cada album novo que me soa a exactamente mais do mesmo e já não me surpreende por ai alem, e que os concertos que ai vem, e que começam ja no inicio do ano, sejam, de facto mais marcantes.
Até porque de morno não reza a historia, pelo menos a minha.
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