"Bringer Of A Good Time", o regresso dos The Lazy Faithful

Descobrimos os The Lazy Faithful num evento da Tradiio há quase 3 anos, acompanhámo-los no concerto no Sabotage em 2015 e do primeiro disco, ficaram alguns temas muito interessantes, como "Good Night" ou "Easy Target". Daí que a chegada do segundo disco, "Bringer Of A Good Time", me tenha despertado alguma curiosidade.

"Minefield" é o tema que abre o disco, e para mim, é o primeiro e um dos melhores exemplos de como estes «miúdos» já são uma grande cena do rock nacional. Há muito de old school rock no instrumental, o baixo é simplesmente incrível, e à medida que o tema desenvolve, é como se houvesse mais do que uma melodia, que nos deixa sempre na expectativa.




A seguir, "Nukin' In The Cookin'", que foi o primeiro avanço, há já algum tempo. Quanto mais a ouço, mais me faz pensar nos The Beach Boys, por mais disparatado que (vos) possa parecer.
O tema título "Bringer Of A Good Time" colou assim que o ouvi pela primeira vez. Não sei se pela linha de baixo tão bem delineada que não passa despercebida, ou se pela voz de Tommy Hogg, mais colocada e mais melódica que no disco anterior, ou ainda pela entrada da guitarra. Ou talvez tenha sido por ter a sensação que estamos a ouvir canções diferentes, com mudanças de ritmo que se complementam.


Há algo na forma e na sonoridade dos temas dos The Lazy Faithful que nos leva sempre a pensar em rock do bom, como há muito não ouvia por cá. A bateria metrónomo de "Never Got To Know", o trecho instrumental de "Seal My Fate", explosivo, ou o baixo intenso de "Baby Don't You Know". Antes, em "Queen Anne", sente-se um ritmo mais agressivo, ao jeito das melhores malhas dos Queens Of The Stone Age e afins.


A melodia inicial de "There Was A Light", o mais recente single, esconde instrumentais de fazer inveja a muito boa gente. A fechar, "Beginning To End", cujo início acústico calmo dá lugar às vibrantes guitarras e bateria, que nos conduzem até ao enérgico final, puramente instrumental.

Nos instantes que se seguem ao último acorde, uma certeza: evolução. A construção das melodias, a colocação da voz, as linhas de baixo que surpreendem, a bateria sempre no sítio certo à hora certa. "Bringer Of A Good Time" soa bastante mais sofisticado que "Easy Target". Como se cada canção fosse composta por várias camadas, prontas a serem removidas. E que nos levam a descobrir coisas diferentes a cada nova audição.

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