Ao Vivo: Chet Faker @ Coliseu dos Recreios

4 de Julho de 2015.
Coliseu esgotado para a segunda noite de Chet Faker; a anterior também esgotou há meses.

Hora e meia depois percebe-se porquê.
Chet Faker cantou e encantou, diria até que emocionou, e o público rendeu-se.
Eu também.

Chegámos mesmo em cima da hora - não sei como terá sido o aquecimento com Mr. Herbert Quain - mas imagino que bom.
Chet na mesa de mistura, acompanhado por um baterista e um guitarrista arrancam-nos os primeiros assobios entusiastas nos dois temas instrumentais.
Mas é com "Release Your Problems" que nos sentimos vibrar - e a mim deu-me de facto vontade de esquecer todos os problemas do dia-a-dia e deixar-me levar pela música, pelo ritmo, pela voz...

Talvez seja a voz, aquilo que mais me envolve no universo Chet Faker.
"Moondance", uma versão de Van Morrison soa-me deliciosa, e "No Diggity" - um dos temas que o lançou para a ribalta - tem ao vivo um groove ainda mais fantástico.
E com "Drop The Game", o tema com Flume, Chet trouxe um cheirinho de hip-hop ao Coliseu.

O «meu» momento chega com "I'm Into You".
Arrepiante.
Desde sempre que amo esta canção. E emociono-me sempre que a oiço.
Ao vivo, não foi excepção - e eu admito, senti a lágrima no canto do olho...

"1998" leva-nos ao fim da primeira parte, com o Coliseu ao rubro, da plateia às bancadas superiores.

"Cigarettes And Loneliness" dá início ao encore, que guarda o melhor para o fim - pelo menos para mim.
"Dead Body" apresenta-nos um Chet Faker na guitarra - brilhante, e com um cheirinho a blues tão, mas tão bom! - e que foi sem dúvida a surpresa da noite (daquelas que vamos querer rever no palco do NOS Alive ;))
"Gold" é avassaladora, a agitar o turbilhão de emoções fortes que sentimos desde o início, e "Talk Is Cheap" é - em formato acústico - simplesmente o momento mais mágico.

Faz-se ouvir o último acorde, por entre palmas e assobios entusiastas, Chet e os colegas agradecem e abandonam o palco.

A pouco e pouco, também nós vamos saindo.
Com um sorriso de orelha a orelha e sobretudo, de alma cheia e reconfortada.

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