Rapidinhas: "A Fever Dream", Everything Everything

Os Everything Everything não são nem de perto nem de longe uma das minhas bandas de eleição. Mas depois de os ver ao vivo algumas vezes, acabo sempre por lhes dar tempo de antena.
Quando o mais recente "A Fever Dream" saiu, não colou. Semanas depois, resolvi dar-lhe uma nova oportunidade. E a coisa funcionou.

Confesso que quando ouvi os primeiros avanços, não antevi nada de muito extraordinário para "A Fever Dream". "Can't Do" e "Desire" não são más canções, de todo, são até bons singles. São canções radio friendly, bons «chamarizes», e admito que são catchy qb para nos porem a abanar a cabeça e bater o pé...


Mas não é isso que hoje em dia me faz vibrar.
Felizmente, o disco é muito mais que os seus singles.

Prova disso é a intensidade de "Night Of The Long Knives" que abre o disco. Uma espécie de «murro no estômago» se prestarmos atenção à letra, e seguramente uma das melhores canções dos Everything Everything.


Tal como "Good Shot, Good Soldier", com uma construção rítmica irrepreensível, surpreendente até, no momento à «capella» que antecede a entrada lenta da banda no compasso seguinte.


É também a energia mais roqueira de "Run The Numbers", que se faz sentir com a explosão de guitarras; e o ritmo, a dinâmica de "Ivory Tower", que nos arranca da monotonia das canções mais «calmas».


"A Fever Dream" não é tão contagiante como "Arc", o segundo disco do grupo britânico, mas é claramente mais um passo no bom caminho.


«If I'm wrong then strike me down // With a bolt from the heavens // With a breath from a holy sigh // If I'm right then light my way // Can you tell me the difference? // Can you see it through all our eyes?»

(Everything Everything, "Good Shot, Good Soldier")

Sem comentários:

Imagens de temas por merrymoonmary. Com tecnologia do Blogger.