Crónicas de (mais) um(a) Primavera no Parque: um breve resumo do dia 3

Dois dias passados do último dia do Nos Primavera Sound deste ano, é tempo de fazer um resumo do que aconteceu no último dia e fazer um apanhado do que, para mim, foram os melhores momentos do festival mais bonito de Portugal.



Aquele último dia, carregado de chuva e frio, fizeram-me lembrar um segundo dia de há 5 anos, em que eu e a Concertina decidimos ficar em casa e não ir ao parque. Com duas grandes diferenças. Primeiro, este ano a Concertina não veio ao parque, e, segundo, este ano havia coisas que eu queria mesmo muito ver. Portanto, foi tempo de ir buscar as galochas e o impermeável e rumar ao parque, até porque, Vagabon ia tocar as sete.


Fotografia de Rui Barbosa

E, apesar da chuva, que nunca cessou nem por um minuto, Lætitia Tamko deu um concerto espectacular. Não pelos efeitos cénicos, que não foram nenhuns, mas pelo que conseguiu fazer num palco Pitchfork cheio de gente, onde se sentiu a música e a voz dela, como eu não achei que ia ser possível (afinal de contas, é fácil de entender que chuva e equipamentos que precisem de electricidade para funcionar podem dar asneira...)
Lætitia Tamko, que foi muitíssimo simpática, e muito faladora, apresentou-nos músicas do álbum novo que estará quase a sair, mas presenteou-nos com as belíssimas musicas de Infinite Worlds, o seu primeiro registo. E, naquele fim de tarde feio, de repente, fez-se magia e a musica reinou, batemos palmas, dançámos e tivemos direito a um daqueles momentos que só se vive no Primavera.

Fotogragia de Rui Barbosa
Depois de uma muito breve pausa para tentar comer qualquer coisa, ou, no meu caso de tentar beber qualquer coisa quentinha, rumámos ao palco Seat, onde os Public Service Broadcast nos brindaram com um concerto muito competente e simpático, muito diferente da lembrança que tinha deles quando os vi em Coura há alguns anos. Dançámos à chuva. E divertimo-nos muito. Lembranças de maior que me marquem muito? Não tenho. Porque o concerto de Vagabon foi assim tão bom.



Quando acabaram de tocar, tentamos rumar ao palco Nos para ver Nick Cave. O problema foi que o S. Pedro, que devia estar mal-disposto no Sábado, resolveu soltar a sua ira, e fez com que a chuva que não parava de cair, viesse acompanhada de vento. E, na verdade, como eu disse varias vezes, também não havia no cartaz nada que eu já não tivesse visto, ou que me entusiasmasse por aí além, o que fez com que eu desistisse e me tivesse vindo embora. Com alguma pena, confesso, mas o treino para a pneumonia ia ter que ficar para outra altura.


Fotografia de Rui Barbosa
Portanto, de Sábado, guardo Vagabon, que foi tão bom. Ponto.
E do Primavera Sound 2018, para além das gargalhadas todas (que foram tantas!!!), do recinto (que agora já consegue ter tanta gente como no ano passado e não parecer muito cheio), do novo palco (que teve sempre tão bons concertos), guardo Father John Misty sempre no coração, guardo o belíssimo concerto de Fever Ray, a electrónica refinada de Jamie XX, os laivos de jazz de Thundercat e diverti-me imenso com os Superorganism e com Lorde.



Já há datas para o proximo ano, 6,7 e 8 de Junho. 

E, o cartaz, deve sair, como de costume no início de 2019. 
E eu? 
Devo rumar ao Parque, porque daquelas memórias como se criam lá não há muitas. 
Palavra de Chavininha.

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