Faz Música Lisboa, crónica de um dia em cheio

Aconteceu no sábado passado, dia 22 de Junho, mais uma edição do Faz Música Lisboa, a terceira. Como não podia deixar de ser, arrastei gente comigo e lá fomos nós de palco em palco à procura dos melhores sons. Claro que tivemos de começar pelo Jazz no Jardim Botânico, que é sempre uma experiência simpática, mas o caminho fez-se sobretudo pelo rock e folk, as minhas últimas tendências.

Um pouco antes das 19h, depois de um percurso meio atribulado do Príncipe Real até à Praça Camões devido a mais uma manif, lá nos pusemos a postos para o primeiro concerto do dia, com o Martim (duas vezes em três dias se calhar significa que fiquei fã...). Desta vez sem banda, mas com convidados muito especiais (João Só, Hugo Zagalo e Joana Barra Vaz), o Martim encheu o palco com as suas canções. Diz quem sabe que o concerto foi um total improviso, e eu confesso que me soou muito melhor do que na quinta-feira anterior.

Seguimos depois para o palco folk desta edição, no Chafariz da Mãe d'Água, para as actuações de F l u m e (o projecto de Joana Barra Vaz) e de Capitão Capitão. E posso dizer que as canções envolventes de F l u m e, com a ajuda imprevista de Capitão Capitão e de Hugo Zagalo (lá mais para o fim) - e do público que também teve oportunidade de se exibir (quando nos foi pedido para participar enquanto "coro de marinheiros" na "Catraia") - aqueceram a noite que se foi pondo fria.





Uma hora depois, "subiu" ao palco Capitão Capitão, mais um novo talento, que nos ofereceu um conjunto pequenino mas entusiasmante de canções. E em duas delas, pudemos ouvir de novo a voz suave de Joana Barra Vaz, um contraste perfeito ao tom de Capitão Capitão, dando ainda mais cor aos seus temas. De todos, "O Lugar" continua a ser o meu preferido. E não há palavras para descrever a sensação fabulosa de o ter finalmente escutado ao vivo...

Podia ter ficado por ali, mas a noite não terminou sem uma última passagem pelo Largo Camões para um bocadinho do concerto dos Asterisco Cardinal Bomba Caveira. De volta ao rock, portanto. Sim, soube muito bem "abanar o capacete" ao som das suas canções. A energia presente em palco passou para a plateia e o ritmo das guitarras e da bateria levou-nos a bater palmas e a cantar refrães no meio da multidão que se juntou para os ver. E que eu vou definitivamente rever no SBSR!

No sábado, fez-se (boa) música em Lisboa. Para a posteridade, ficam os momentos, as canções, os espaços adoráveis da cidade. E a sensação de que é isto que me entusiasma e que me enche a alma.

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