Um feriado diferente, cortesia dos Muse
10 de Junho de 2013. Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades. Dia de todos os caminhos irem dar à cidade do Porto. Dia de concerto de Muse. Passados alguns dias, ainda só me ocorre uma palavra para o descrever: estrondoso.
Todos os que me aturam, sabem que é uma das minhas bandas favoritas, e por isso não consigo ser isenta. E se calhar, nem quero. Porque para mim, os concertos são experiências, momentos de explosão de sentidos, e este não foi excepção. Visualmente bem concebido, os Muse deram um concerto que me deixou com as emoções à flor da pele.
Para mim, que ainda não os tinha visto ao vivo decentemente - o concerto no Rock In Rio soube a pouco - a expectativa era muita e quando as luzes finalmente se apagaram e se ouviram os primeiros acordes, a emoção tomou mais uma vez conta de mim.
Para mim, que ainda não os tinha visto ao vivo decentemente - o concerto no Rock In Rio soube a pouco - a expectativa era muita e quando as luzes finalmente se apagaram e se ouviram os primeiros acordes, a emoção tomou mais uma vez conta de mim.
E de repente, o mundo ficou do lado de fora do estádio e só a música e a banda interessavam. A genialidade de Matt Bellamy, Chris Wolstenholme e Dom Howard surpreendeu a cada acorde, a cada nota, a cada (re)interpretação das nossas canções preferidas, reflexo dos quase 20 anos de carreira.
A fabulosa "Supremacy" (acompanhada por um espectáculo de fogo que semanas antes criara o pânico em Camden) deu início ao alinhamento, de forma explosiva muito por culpa dos riffs de guitarra arrepiantes, que me obrigaram a tirar os pés do chão. "Supermassive Black Hole" e "Panic Station" (que ao vivo até ganha alguma cor), mantiveram o ritmo e a velhinha "Bliss" transportou-me de volta aos tempos da faculdade, em que servia de banda sonora para o (pouco) estudo.
Não sendo das que mais ouço, "Resistance" e "Animals" (esta última acompanhada de um actor em palco a distribuir notas de euro) fizeram transparecer a intervenção social e política que os últimos temas dos Muse têm tido, e a morte do capitalismo, representada com o actor deitado no palco, foi de um simbolismo gigante, acentuado pela interpretação de Chris de "Man With A Harmonica", qual cerimónia fúnebre. E a perfeita introdução para um dos hinos maiores destes Muse, com tamanha dimensão política e social, subtil ou talvez não... e uma das minhas favoritas de sempre, "Knights Of Cydonia", arrepiante e - outra vez - explosiva.
As emoções ao rubro continuaram com um "improviso" fabuloso de Chris e de Dom, para depois nos presentearem com uma "Sunburn" deliciosa. E, logo depois, nova explosão de alegria: "Hysteria", desde sempre outra das minhas preferidas, levou-me a gritar (sim, porque eu não canto) com todos os pulmões e mais alguns - and i'm breaking out, escaping now, feeling my faith erode...
Com o coração acelerado, a minha descompressão fez-se ao ritmo de novo "improviso", que abriu caminho para que Matt Bellamy, visivelmente feliz, nos oferecesse o tema "Feeling Good", provavelmente a melhor versão de sempre de um tema intemporal.
Depois de "Follow Me" (que não me convenceu em disco mas que até soa interessante ao vivo), outro dos meus momentos. "Liquid State", um dos temas de Chris que a interpretou de forma brilhante - e aqui, talvez esteja a ser suspeita, porque não escondo a crush que tenho pelo moço.
"Madness" sempre competente, abriu caminho a uma "Time Is Running Out" sempre brilhante, sempre poderosa, sempre fabulosa, por mais anos que passem, por mais vezes que a ouça. E se a seguir, preferiria ter ouvido "Stockholm Syndrome", a verdade é que "New Born" não desiludiu e fechou de forma exemplar uma primeira parte arrebatadora.
A fabulosa "Supremacy" (acompanhada por um espectáculo de fogo que semanas antes criara o pânico em Camden) deu início ao alinhamento, de forma explosiva muito por culpa dos riffs de guitarra arrepiantes, que me obrigaram a tirar os pés do chão. "Supermassive Black Hole" e "Panic Station" (que ao vivo até ganha alguma cor), mantiveram o ritmo e a velhinha "Bliss" transportou-me de volta aos tempos da faculdade, em que servia de banda sonora para o (pouco) estudo.
Não sendo das que mais ouço, "Resistance" e "Animals" (esta última acompanhada de um actor em palco a distribuir notas de euro) fizeram transparecer a intervenção social e política que os últimos temas dos Muse têm tido, e a morte do capitalismo, representada com o actor deitado no palco, foi de um simbolismo gigante, acentuado pela interpretação de Chris de "Man With A Harmonica", qual cerimónia fúnebre. E a perfeita introdução para um dos hinos maiores destes Muse, com tamanha dimensão política e social, subtil ou talvez não... e uma das minhas favoritas de sempre, "Knights Of Cydonia", arrepiante e - outra vez - explosiva.
As emoções ao rubro continuaram com um "improviso" fabuloso de Chris e de Dom, para depois nos presentearem com uma "Sunburn" deliciosa. E, logo depois, nova explosão de alegria: "Hysteria", desde sempre outra das minhas preferidas, levou-me a gritar (sim, porque eu não canto) com todos os pulmões e mais alguns - and i'm breaking out, escaping now, feeling my faith erode...
Com o coração acelerado, a minha descompressão fez-se ao ritmo de novo "improviso", que abriu caminho para que Matt Bellamy, visivelmente feliz, nos oferecesse o tema "Feeling Good", provavelmente a melhor versão de sempre de um tema intemporal.
Depois de "Follow Me" (que não me convenceu em disco mas que até soa interessante ao vivo), outro dos meus momentos. "Liquid State", um dos temas de Chris que a interpretou de forma brilhante - e aqui, talvez esteja a ser suspeita, porque não escondo a crush que tenho pelo moço.
"Madness" sempre competente, abriu caminho a uma "Time Is Running Out" sempre brilhante, sempre poderosa, sempre fabulosa, por mais anos que passem, por mais vezes que a ouça. E se a seguir, preferiria ter ouvido "Stockholm Syndrome", a verdade é que "New Born" não desiludiu e fechou de forma exemplar uma primeira parte arrebatadora.
Segunda parte, B-Stage. Ao ser-nos pedido para iluminarmos as bancadas e o relvado com os telemóveis (longe vai o tempo dos isqueiros...), percebemos claramente que é tempo para acalmar e apaziguar ânimos e entusiasmos. E é o que acontece ao som de "Unintended", "Guiding Light" e "Undisclosed Desires".
De volta ao palco principal, o primeiro encore. Mais um daqueles momentos inesquecíveis. Uma interpretação brutal de "Plug In Baby" - que é tão, tão vibrante, e "Survival" - aquela musiquinha dos JO que não soava assim grande coisa... mas que ao vivo, foi arrebatadora!!!
Inconscientemente, senti que eram os últimos minutos. E como concerto que se preze tem sempre um momento "comunhão com o público", a honra coube a "Uprising" e "Starlight". Acho que foi sobretudo com esta última, uma das mais rodadas, que fez os fãs da rádio se libertarem. Até eu, que os conheço desde sempre, acompanhei e cantei todas as palavras. E saltei. Até aos acordes finais. O melhor 10 de Junho de sempre tinha chegado ao fim...
Ao rever o concerto na minha memória, chego à conclusão que foi quase irrepreensível. Em espectáculo visual, em alinhamento (para não variar muito, quase perfeito - e quase porque faltou a "Dead Star", uma das canções que (re)descobri em tempos), em entrega, em ambiente (talvez não tanto em som, infelizmente). E que não foram poucos os "meus" momentos...
[nota: achei a primeira parte a cargo do "we are the ocean" algo esquecível. para mim não deixam saudades e não foram muito mais que "música ambiente" para as conversas entre copos]
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