Crónica: Tradiio live, à descoberta
Sábado, 28 de Junho de 2014.
Festa de lançamento da plataforma Tradiio (para quem não sabe, é algo como uma bolsa de valores de (novos) artistas da música portuguesa). Um jogo, sim, mas também uma boa forma de se conhecer coisas novas.
E foi esse o grande objectivo quando decidimos aparecer por lá - bom, mais ou menos, porque para quem me acompanhou o chamariz tinha apenas um nome: Martim Torres, aka, O Martim (mas falaremos sobre isso mais tarde).
Créditos: Concertina |
Num daqueles palácios antigos do Príncipe Real, donos de uma vista fantástica sobre a cidade de Lisboa, o evento mais parecia uma «sunset party», embora, à hora que chegámos, ainda com pouco ar de festa.
A tarde estava simpática, por isso deixámos que Lewis M - elemento dos Salto - nos guiasse fim de tarde fora com um dj set bem simpático, até aos concertos que queríamos assistir.
Enquanto nos deslumbrávamos com o edifício, percebemos que o piso inferior - onde se instalara o palco 2 - serviria para animar as gentes da electrónica, ao passo que no piso de cima, o espaço seria para o rock. E, contas feitas ao que ouvimos, do bom.
Apanhámos o fim do concerto de rock instrumental de O Quarto Fantasma - um bocadinho pesado para os nossos ouvidos - mas que aparentemente ganharam fãs. Logo de seguida, esperava eu, seria a vez dos Juba.
Mas não, que aparentemente os horários não estavam a ser cumpridos, e afinal a festa continuaria no palco 2 - o que nos levou de volta para o exterior porque a electrónica não é muito a «nossa» cena.
Infelizmente por isso, perdi um dos concertos que queria ver. Só posso imaginar que tenham sido bons.
Pausa para jantar e rumámos de novo para o palco rock, onde decorria o soundcheck de uns miúdos que nos pareceram jovens de mais. The Lazy Faithful de seu nome, rapazes do garage rock, forte, agressivo, cru e intenso. Oriundos do Porto, deram um concerto brutal e parece-me que conquistaram o público. Eu admito, fiquei impressionada com a potência da banda, com a voz (e o look) do «estrangeiro» e com o "à-vontade" com que se apresentaram em palco. A acompanhar, sem dúvida.
No piso inferior, os Salto preparavam-se para um live set, do qual ainda participámos por um tempo. Mas fomos conquistados pelo som que se ouvia no átrio exterior e lá ficámos quase até ao início do concerto d'O Martim. Sobre este, não há muito a acrescentar em relação ao que já temos dito.
Para além das (boas) canções pop, continuam lá a irreverência, a boa disposição, a cumplicidade dos músicos e, claro, o charme. É um facto, assistir a um concerto de Martim Torres e amigos (desta vez, fez-se acompanhar por Zé Maria nas teclas e Diogo Pires na bateria) é sempre uma aposta ganha.
Deixámos o dj set dos Capitão Fausto no interior e, aproveitando a noite convidativa, ainda demos um pézinho de dança ao som dos clássicos, antes de abandonarmos o recinto de sorriso no rosto.
nota final: à equipa da Tradiio, parabéns pela iniciativa. que o «jogo» continue a dar cartas no mundo da música nacional.
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