Vamos para a varanda ouvir os Catfish and The Bottlemen? Isso é que era ideia.


( nota: estes meus posts ultimamente parecem-se com uma lista de "coisas" que seriam mais do que muito interessantes de se ver num qualquer palco de um qualquer festival de verão... Mas eu juro que é total coincidência.)

Hoje é dia de falar em "Balcony" o álbum de estreia dos Catfish and The Bottlemen, um dos projectos musicais que chamou mais a atenção da imprensa internacional do ano passado (nem sempre com boas críticas, verdade), e que vão ser, com certeza absoluta, um dos "live Acts" mais previsíveis da grande maioria dos festivais de verão fora de portas.




Verdade seja dita a fórmula dos Catfish and The Bottlemen não é (de todo!) nova. E eu arrisco a dizer que, em muitos momentos, parece que saiu algures do meu iPod de 2006 ou 2007 por me soarem tão aos Boy Kill Boy ou aos The Voom Blooms. Mas, a realidade também é que, para mim, resulta. E também acho que deve dar direito a muito bons concertos. 



Sim, estamos perante uma banda Indie, mas daquele Indie mais old-school e mais "previsível" se quiserem, com músicas curtas e ritmadas e com refrães daqueles que dão muita vontade de cantar e mexer os pés e bater palminhas e tirar os pés do chão, e tudo e tudo e tudo.
Um Indie que não passa perto dos hipsters e que quer ir para as tabelas de vendas (como continua a acontecer com "Balcony" que saiu já em Setembro e ainda está aí para as curvas), facto, mas que, a mim, não me chateia nada. Porque lhe vejo um despretenciosismo que me parece que os faz querer ser só uma banda (o que, aniquilaria a parte do Indie e do hipster que lhe está indexado, isto se fossemos mais preciosistas).



Claro que falar nos Catfish and The Bottlemen é falar em músicas como "Kathleen", "Cocoon", "Pacifier" ou "Rango", com a voz de Van McCanh a lembrar me sempre a de Luke Pritchard dos The Kooks (mas com mais garra ou melhor, sem aquele lado mais "Naive".), sempre com melodias ritmadas, guitarras inquietas, letras muito cheias de histórias do dia a dia. 
Músicas com momentos para cantar e para que o público cante, músicas que devem ser muito, mas mesmo muito boas ao vivo (e não, não me canso de pensar isto...). 
O espectro musical de recordações e de memórias musicais que me chega com "Balcony" vai dos Kooks aos Courteeners, vai dos The Cribs ao Mystery Jets... Vai sempre ter a coisas que eu ouço e gosto, portanto, a verdade é simples como isto: não, não há aqui nada de novo, mas isto a mim chega me, por mais estranho que isso possa parecer. 





A fórmula musical destes miúdos não é nova, já disse 20 vezes, eu sei, e está cheia de influências de bandas que já cá andam há anos, mas para mim resulta. 
Resulta e faz me querer ouvir mais, eu confesso também. 
 E faz me esperar por mais. 
Porque eu acho, só para não dizer que  tenho a certeza, que o "mais" vai ter a ousadia se ser melhor também. 
Mas isso é só o que eu acho.

" ... Fuck it if they talk, fuck it they try and get to us, 'cause I'd rather go blind, than let you down..." Em "Cocoon"



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