Ai, que se vai falar nos Justice...

... e isso é tão complicado que vai ficar sempre tanto por dizer!!!!!

Os Justice são, há muitos anos, uma das minhas bandas preferidas. 
Isto se acharmos que os Justice são uma banda. 
MAS!!!!! Sejam lá o que lhes quiserem chamar, os Justice são donos de sons que me acompanham há muitos anos. 
Portanto, esperava por alguma coisa nova há uns tempos. 
Só para continuar a ter a certeza que os Franceses continuam a fazer a melhor musica electronica de sempre, e que Gaspar Auge e Xavier de Rosnay continuam a pensar fora da caixa.
Feito mais do que conseguido em Woman. Nada a dizer sobre isto.




Para este Woman, podíamos esperar qualquer coisa como de costume, desde que não se perdesse a identidade da banda, o que também aconteceu.
MAS!!!!!!!, eles ousaram ainda mais. E não contentes com o fazer mais, resolveram também fazer o diferente: foram buscar a London Contemporary Orchestra, trazendo, por exemplo, violinos para as suas musicas, bem como vozes de varias pessoas (coros e outros cantores, ao contrario do que aconteceu em Audio, Video, Disco (AVD) o ultimo álbum dos franceses.).
Delicioso, digo eu.




Desengane-se quem pensar que é "só" isto. 
Sim, o som também mudou. Depois de explorar só o que é eletrónico, só o conceptual em AVD, os Justice levam-nos, neste Woman, a universos mais “palpáveis”, como o de Stevie Wonder, Prince ou aos Queen, universos mais familiares e mais humanos.

Destaques? Muitos. 
Mas vou tentar ser concisa q.b.: começo por "Safe and Sound" com o seu coro de vozes que me leva de volta a "D.A.N.C.E" do primeiro álbum , aqui de uma forma nova e despretenciosa, quase que a reinventarem-se a eles mesmos.
"Fire" (que sempre foi uma das minhas preferidas), cantada por M. Yaman, que traz os Justice de volta a musica de dança mais do "jeito disco" e naquilo que eles fazem de melhor: harmonizar samplers e torna-los inimitáveis, afastando os do trabalho anterior, mais conceptual e mais robotizado, como eu já tinha dito ali em cima.  




"Pleasure", onde se notam as tais influências de Stevie Wonder, arriscando tudo no sentido mais humano da coisa. Porque a musica de dançar não tem que ser feita só por computadores e samplers, pois não? 
"Heavy Metal", que liga perfeitamente a eletrónica a algo mais rock, com as guitarras a marcar o riff brilhante e brutal, e a levar-nos numa viagem quase clássica, o que, a mim, me lembra o que eu sempre gostei mais nos Justice: isso de ligar o rock e os sons por si só, a coisas para dançar, daquelas que nos percorrem o corpo todo. uma urgência que é só deles. 




Woman vem cheio de vontade e de uma adrenalina que nos cria ansiedade boa, daquela que nos faz querer fazer coisas, daquelas que eu gosto tanto. É isso e o querer dançar, como se, de facto, ninguém nos estivesse a ver. E, isso, para mim, é assim tão importante. Nada a fazer.

Ah! Mas isso, a tal coisa de dançar, vai mesmo acontecer. No dia 8 de Junho, ali no Parque da Cidade. 
E eu? Eu já me estou a preparar. Porque vai ser mesmo bom. Garantia dos Justice.

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