As Melodias sensoriais de Hope Sandoval com os The Warm Inventions

Quando juntamos Hope Sandoval, a dona da enigmática voz dos Mazzy Star, com Colm Ó Ciosoig dos My Bloody Valentine só pode sair coisa boa. 
Sim, já havia alguma saudade do som dos The Warm Inventions. 
E Until The Hunter não deixa nada a dizer sobre isto a não ser o que já sabíamos: sitio onde haja Hope Sandoval a mim enche-me as medidas.
Nada a fazer.



Para mim, o momento alto do álbum foi, desde o inicio, o dueto com Kurt Vile, “Let Me Get There”.
Um momento brutal, delicado e forte o suficiente para me prender a atenção, com as vozes dos dois numa simbiose única, que só estes dois iam conseguir fazer.
Uma historia de amor, cantada por duas vozes tão doces e magoadas que só podia dar em alguma coisa mesmo muito boa, como isto.

Until The Hunter é um álbum meio folk, e toda a gente sabe que isso, a mim, tem tendência a aborrecer-me profundamente, daí que não me vá alongar muito sobre isto.



Tirando “Let Me Get There”, o tal dueto com Kurt Ville, destaco “The Hiking Song”, com o dedilhar suave da guitarra acústica do inicio, que acompanha a voz de Sandoval de uma forma quase etérea e mágica,  e, por antítese, “The Liquid Lady”, com um som mais electrónico, com mais guitarras e solos de bateria, sempre muito afinados e acutilantes, mais sensual na sua forma de aparecer, e mais bluesy do que tudo o resto que traz um momento diferente e novo a Until The Hunter.


Mais do que tudo, Until The Hunter é um álbum sensorial e muito místico, guiado pela voz magica de Sandoval. E isso a mim chega-me.
Por isso, play it again Sam.

"... It's All In The Groove...", em "Let Me Get There".

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