Finalmente o Fogo Sagrado. Sejam bem-vindos ao novo álbum dos Foals.
Pois é, é publico e assumido que eu sou grande fã dos Foals, portanto estaremos perante uma crítica algo facciosa do álbum. Desengane-se quem aqui vier à espera de "ah, e tal isto podia ser melhor aqui e acolá..." porque isso não vai acontecer. É um facto.
De outra forma qualquer, não se poderia também dizer mal de algo como Holy Fire.
E porquê? Porque isso seria dizer mal de uma coisa que eu gosto. Porque há alguma coisa neste colectivo de Oxford que desde o inicio me encanta. Não sei se foi só pelo som novo e refrescante, se o facto de as primeiras imagens da banda a que eu tive acesso serem de uma actuação no programa do Jools Holland onde a banda estava a tocar literalmente em comunhão consigo, viradinhos uns para os outros, como se só a musica fosse importante. Mais, poderia até dizer que aquilo foi um "happening" em vez de uma actuação. E que bom que foi. Portanto dizer mal dos Foals? Não é para mim.
Mas de volta ao que interessa aqui, Holy Fire. O tão esperado álbum novo, e do qual já tinhamos avisado no facebook que íamos falar.
Andávamos a ser avisadas pelas noticias, e eu própria já o referi aqui, que os Foals diziam que este novo album ia ser Funk. Eu, como já disse também, estava com receio disso, porque é sempre complicado quando as bandas com um som tão próprio decidem fazer incursões que podem matar álbuns (como aconteceu com os Bloc Party, por exemplo, quando decidiram que iam ser mais electro-cenas.) No entanto, neste caso, entende-se depois de ouvir tudo onde é que eles queriam chegar com o Funk. É um Funk à Foals. A sonoridade da banda continua lá. Com todos os crescendos, todas as repetições de letras, os ritmos, as guitarras, os samplers e principalmente a voz de Yannis Philippaki fazem com que ninguém se sinta defraudado com este novo som. E isso é excelente.
Vou então falar do que, ao longo destes meses ainda não falámos, e deixar de lado as nossas constactações mais antigas, como por exemplo, que Inhaler é para nós uma das melhores musicas de 2012.
Desde as guitarras urgentes de Milk & Black Spiders (para mim uma das melhores musicas deste Holy Fire), aos ritmos mais pulsantes e mais orientais de Providence, ficam poucas as palavras para descrever o que se passa. Nada melhor que espreitar o video ao vivo da coisa. Porque as vezes, há coisas que só resultam em álbum, o que não se passa aqui.
Num registo mais intimista e mais intenso, surgem-nos Stepson, Bad Habit e Moon, canções de amor, ou de desamor. Onde podemos ver outra faceta da banda, mais calma e menos serena, digo eu.
E o Funk surge onde? Pois é, o Funk surge então em Everytime e em Late Night (algo disfarçado, é um facto...) ...
...e mais evidentemente em Out Of The Woods e em My Number, numa versão muito anos 70, cheia de ritmo e de cores.
Ora portanto, e depois disto... O que dizer? Que os Foals estão muito bem e recomendam-se. E que, se não fosse demais, era de os trazerem cá rapidamente para podermos confirmar ao vivo este Holy Fire que se instalou cá dentro e que teima em não querer deixar mais nada tocar nos nossos ipods.
"I know, You've fallen again, The way I fell before, 'Cause I'm a bad loser, when you get your way.... 'Cause I'm a bad habit, One you can not shake, And I hope that I can change, Don't follow me, Don't follow me..." em Bad Habit.
Adenda a este post:
Acho também importante que se ouça a apresentação de Holy Fire feita pelos rapazes em Maida Vale, no programa do Zane Lowe na BBC Radio 1.
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