Viagem ao mundo do folk com os Lumineers

Foi no outro dia numa visita relâmpago à Fnac que me deparei com o álbum de estreia dos Lumineers. Lado a lado com Of Monsters And Men e Mumford & Sons. O que só quer dizer uma coisa: o folk está aí em força. Mas será que se recomenda? Eu acho que sim.

A chavininha não é fã, mas eu sinto-me atraída por esses sons. Muito por causa da paixão pelos Arcade Fire. Tudo o que lhes soe, mais ou menos, e envolva diversos instrumentos, eu gosto. E embora não domine a discografia dos Mumford & Sons (à excepção do álbum Sigh No More), há tempos abordámos os Of Monsters And Men, que lá vão rodando cá em casa. E a verdade é que por vezes sabe bem. E o que dizer destes Lumineers?

Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:The_Lumineers.jpg

Que me fazem lembrar aquelas festas no campo das séries americanas, os bailaricos lá da zona. Imagino os Lumineers a tocar no palco para uma centena de locais, animadíssimos, com ou sem álcool. Um bocadinho como nós aqui durante a season dos Santos Populares. E se pensarmos bem, é também no que é popular que se encontram raízes da música folk.

Os acordes, os instrumentos, a sonoridade das vozes, tudo remete para o rústico, para uma simplicidade na elaboração dos temas, despidos de grandes cenas da tecnologia. Se "Ho Hey" é o single que por aí mais se ouve, foi "Stubborn Love" que me prendeu. Provavelmente porque ouvi em versão acústica. A canção torna-se ainda mais clean. E genuína. E em determinados momentos, arrepiante.

E o resto do álbum? "The Lumineers" contém um leque de canções que mexem connosco. Que nos transportam para o momento "bailarico" ou para o momento "zen". Com as quais nos identificamos por serem sobre as alegrias e as tristezas, as pequenas coisas, a vida do dia-a-dia. Talvez por conseguirmos sentir o que lhes vai na alma quando as interpretam.

It's better to feel pain than nothing at all // the opposite of love's indifference

(The Lumineers em 'Stubborn Love')