#batequebate: um disco assumidamente pop

Lembram-se de vos ter falado de «um vício chamado alex d'alva teixeira»?
Pois bem, agora o vício tem outro nome: D'Alva, e é o mais recente projecto de Alex D'Alva Teixeira e Ben Monteiro.
#batequebate é o nome do disco de estreia, está aí para toda a gente ouvir (finalmente), e por mais cliché que isto soe, «bateu mesmo».

Se eu achava que o verão tinha chegado com os Chromeo, a verdade é que me rendi à pop fresca e deliciosa de #batequebate, logo com "Homologação" e "Frescobol", que estiveram em rotação máxima nos últimos tempos. Mesmo nos dias mais cinzentos.

E o disco é bom. Aliás, muito bom.

É uma jornada pelo universo da Pop e da Música das últimas décadas, pegando no que ela tem de melhor. 
Dos anos 80 aos anos 90 e 2000, as influências misturam-se, renovam-se e traduzem-se em canções cativantes e cheias de energia.

#batequebate encaixou perfeitamente nos meus ouvidos. 
É fresco, é divertido, descomprometido e soa genuíno. E o melhor de tudo, é que é para dançar até que os pés nos doam!


 
A melodia viciante de "Frescobol" (como a boa pop tem de ser), os riffs de guitarra de "LLS" a dar um tom mais roqueiro ao disco - e o sample de "três tempos", (tão bom...); o funk de "não estou a competir", ou a viagem pelos ritmos brasileiros com "$egredo", pedem boas energias, sol e amigos.

«A competição é o que menos interessa». 
E isso sente-se nas canções, o gosto pelo o que fazem, a música pela música. 
Sem restrições, pressões e outras coisas que tais que muitas vezes condicionam a arte.

«Livres, Leves e Soltas»? 
Sem dúvida.

"Lugar Estranho" transporta-nos aos anos 80, o sample das Spice Girls em "Aquele Momento" é precioso.
E só por isto, já vale a pena ficar a ouvi-los. 

Mas há mais.

"Barulho" recupera a energia do hip hop dos anos 90 em modo Beastie Boys e Da Weasel  - «façam barulho». 
E o spin-off com Capicua em "Barulho II" é bem bom. 
Nem sequer sou grande fã do estilo, mas há qualquer coisa no "bom" hip hop que mexe com todos os nossos sentidos.




"Só Porque Sim" é um dos momentos maiores do disco. 
Adoro o crescendo instrumental,  que soa a refrão. Épica...

"Homologação" é perfeita, no ritmo, na melodia. A parte final é absolutamente incrível - dá para perceber que estou super viciada nisto, não dá?

A festa encerra ao som de "Primavera", a transbordar de sons dos anos 2000, o pedaço mais íntimo do disco. 
E a constatação do quão interessante e versátil é a voz de Alex D'alva Teixeira.

Por esta altura, de tanto ouvir o disco em repeat, já ando com as melodias na cabeça, e sou apanhada a cantarolar os refrães onde menos se espera. 
E querem saber? 
Não me interessa. 
Diz-se que «quem canta, seus males espanta» e eu espanto os meus ao som de #batequebate.


#somosdalva? Eu sou.
E vocês?

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