Mais «concertinices» sobre discos

Mais um lote de discos «assim-assim».
Os que se seguem não são maus, as inúmeras críticas até são bastante boas, mas não me conseguiram prender o suficiente para «dissertar» sobre eles.

"Everything You've Come To Expect" - The Last Shadow Puppets

Meses depois do seu lançamento, o sentimento ainda é agridoce. Porque, para mim, não é tão bom como "The Age Of The Understatement", novo e fresco. Soa demasiadas vezes a uma versão menos boa de "AM". O melhor de tudo são os arranjos de cordas de Owen Pallett, que ao longo do disco vão dando brilho a canções como "Dracula Teeth", "Patterns" ou "The Dream Synopsis". "Aviation" é a que mais se aproxima do som que eu gosto, é viciante e a voz de Miles Kane soa incrível. Tal como a de Alex Turner em "Sweet Dreams, TN", e porque não também em "The Element Of Surprise"?
Não posso afirmar que não gosto do disco, mas não me conseguiu agarrar por completo.



"My Woman" - Angel Olsen

A voz da miúda não me convence. É diferente, e para mim falta-lhe musicalidade. As canções não são assim tão espectaculares, se as primeiras têm algum ritmo, as restantes são demasiado longas e parecidas. A excepção poderia ser "Shut Up Kiss Me" que tem claramente mais garra, mas só mesmo no refrão, quando a voz de Angel Olsen muda para o tom mais grave e mais à minha medida.


"Every Now And Then" - Jagwar Ma

Juro que tentei ouvir o disco com toda a atenção do mundo até ao fim. Afinal, alguns dos temas do primeiro álbum ainda nos põem a cantar a plenos pulmões de vez em quando. É isso que falta neste "Every Now And Then": momentos orelhudos como "Come Save Me", "Uncertainty" e "Let Her Go". O single "Give Me A Reason" está quase lá, mas os 7 minutos tornam-se sofríveis. "OB1" por seu lado, deixa-me sempre com a sensação que as canções deste novo disco encaixam perfeitamente numa pista de dança ou numa tenda electrónica. E não cá em casa.

"Citizen Of Glass" - Agnes Obel

Terceiro disco da cantautora dinamarquesa, de voz delicada, e ao mesmo tempo forte, num registo mais ao meu gosto. Mas a estrela é a orquestração, que vai criando um ambiente ora celeste ora assombrado. A destacar, o violoncelo estrondoso de "Familiar", a magnífica intro de "Red Virgin Soil" com percussão, violoncelo e piano em staccato, a guitarra de "Stone" ou o medieval dulcimer  de "Trojan Horses".



Nestas coisas da música, não vale a pena forçar.
Ou o som cola, ou não cola.

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