"Wide Awake", o último dos Parquet Courts
Hoje, aqui, fala-se em Wide Awake, o ultimo álbum dos Parquet Courts.
Está bem que vem atrasado, (…alias, algumas coisas sobre as quais tenho escrito nos últimos tempos estão assim como que numa linha temporal paralela, verdade seja dita…), mas como foi um dos álbuns que me acompanhou nos últimos meses tinha mesmo que falar sobre ele.
Wide Awake é o sexto álbum dos americanos, que, desta vez, foram produzidos por, nem mais nem menos do que Danger Mouse, e que, desta vez, nos presentearam com um conjunto de musicas rock muito dançáveis e muito cheios de referencias externas à banda, quer ao nível das letras, quer ao das próprias melodias.
Nos últimos 6 álbuns, tudo teve como base a urgência e a ansiedade, sendo sempre musicas muito mexidas e rápidas mais do que alegres, tristes ou outra qualquer coisa que se possa dizer sobre elas. Aqui, temos uns Parquet Courts mais dançáveis, onde a mensagem é mais importante que a forma como ela nos é entregue.
Wide Awake é um álbum mais cantável (provavelmente, influencia da produção de Danger Mouse?) e que parece muito menos complexo que os anteriores, ou melhor, que tem uma mascara mais simples que os anteriores, isto tudo a uma primeira vista. Mas isto muda conforme o vamos ouvindo e lhe vamos vendo a real profundidade que ele tem…
Wide Awake é um álbum mais cantável (provavelmente, influencia da produção de Danger Mouse?) e que parece muito menos complexo que os anteriores, ou melhor, que tem uma mascara mais simples que os anteriores, isto tudo a uma primeira vista. Mas isto muda conforme o vamos ouvindo e lhe vamos vendo a real profundidade que ele tem…
Tudo começa com “Total Football”, a musica que saiu por altura do mundial de futebol deste ano (e que ja parece tão longe!), e que traz aquelas guitarras inquietas e as harmonias que associo aos Parquet Courts.”Are You quite done now? Not At All!”. “Total Football” é uma musica mexida e alegre, cheia de criticas pertinentes e que pede o pezinho a mexer.
Uma das minhas musicas preferidas do album é “Violence”, talvez por primar pela diferença maior e ser basicamente uma musica em spoken word, até ao refrão, onde se gritam palavras de ordem. Até porque, em 2018, aquelas palavras andam muito longe da utopia, e são, sim, a realidade do mundo. A melodia em modo meio retro, que, pelo menos a mim me leva aos anos 70 e a Gil Scott-Heron (deve depender das minhas referencias musicais, suponho.)
Os Parquet Courts sempre fizeram critica social nas suas musicas e Wide Awake não tem essa mudança (e ainda bem).
Outra das minhas musicas preferidas de Wide Awake é “Freebird II”, onde, invariavelmente, encontro qualquer coisa que me leva a Jimi Hendrix, provavelmente pela voz. Encontro-lhe também referencias a nível melódico, por mais que tente não me sai esta da cabeça. A melodia é muito bem pensada, embora chegue num beat menos inquieto e a inquietude passe directamente para a letra.
Outra das minhas musicas preferidas de Wide Awake é “Freebird II”, onde, invariavelmente, encontro qualquer coisa que me leva a Jimi Hendrix, provavelmente pela voz. Encontro-lhe também referencias a nível melódico, por mais que tente não me sai esta da cabeça. A melodia é muito bem pensada, embora chegue num beat menos inquieto e a inquietude passe directamente para a letra.
Não posso deixar de falar em “Death Will Bring Change”, uma especie de balada, com um coro muito marcante, muito dramática, e, provavelmente, com a letra mais irónica (satirica?) do álbum. O solo de guitarra, suave e marcante, e o coro, transformam a musica, numa especie de momento meio pop, ou mais comercial vá, que é para não ferir susceptibilidades.
Wide Awake é um album um tanto esquizofrênico, porem, ao nível melódico é muito marcante, tanto que, depois, não nos sai da cabeça. Porém, nos momentos mais calmos não consigo achar o álbum tão brilhante.
Wide Awake é um album um tanto esquizofrênico, porem, ao nível melódico é muito marcante, tanto que, depois, não nos sai da cabeça. Porém, nos momentos mais calmos não consigo achar o álbum tão brilhante.
“Wide Awake”, a musica que dá nome ao álbum, aparece lá no meio, como que a confirmar a tal esquizofrenia de que falava ali em cima. É uma canção mais dançante, cheia de ritmos e de percussão latina, e, sai de todo o universo que conhecemos dos Parquet Courts. Podia até ousar chamar-lhe Funk, que acho que ninguém ia ficar incomodado.
Neste sexto álbum, os Parquet Courts, surpreenderam-me (mais uma vez): a leveza das melodias, sempre em contraste com as palavras mais duras, as diferenças de ritmo alucinantes, fazem com que a viagem por Wide Awake não pareça estanque, e, de destacar o maravilhoso baixo de Sean Yeaton que, por momentos é mais importante do que a voz de Andrew Savage ou Austin Brown.
Wide Awake é, para mim, um dos álbuns do ano pela mensagem real que ele nos traz. (Pelas mensagens todas na realidade.)
Neste sexto álbum, os Parquet Courts, surpreenderam-me (mais uma vez): a leveza das melodias, sempre em contraste com as palavras mais duras, as diferenças de ritmo alucinantes, fazem com que a viagem por Wide Awake não pareça estanque, e, de destacar o maravilhoso baixo de Sean Yeaton que, por momentos é mais importante do que a voz de Andrew Savage ou Austin Brown.
Wide Awake é, para mim, um dos álbuns do ano pela mensagem real que ele nos traz. (Pelas mensagens todas na realidade.)
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