Em revista (III): os melhores álbuns de 2013

À semelhança do que aconteceu com as melhores canções, também a "eleição" dos melhores álbuns do ano deu luta. E mais uma vez, não há grande consenso. O que não é necessariamente mau. É sinal que gostamos de coisas diferentes e que há música para todos os gostos. E que, ainda assim, ninguém se desentende nesta "casa".


Mas, mais uma vez, concordamos em algumas coisas: "AM" dos Arctic Monkeys é presença incontornável nas nossas escolhas. O álbum é fabuloso (e quem quiser saber mais e porquê, vá ler aqui! Não vamos voltar aqui a descrever o porquê.). 



"Holy Fire" dos Foals «foi a companhia perfeita para a Primavera que nunca mais chegava e lembrou me de tantas coisas boas que tinham ficado esquecidas entre álbuns dos Foals, a musica foi feita para estas coisas também, acho eu...» e é um daqueles vícios bons que nos deixa sempre bem dispostos. 



E "Random Access Memories" dos Daft Punk, «É a escolha incontornável do ano, porque a malta gosta de se abanar ao som de coisas electrónicas do mais alto nível, em chique! hahahahahahah mas como é que seria possivel um album dos Daft Punk não estar nos meus preferidos do ano? Não seria de todo.» e é de facto um grande disco, com tudo o que o antigo e o novo têm de melhor.



Os "problemas" instalam-se nos outros dois lugares da lista. Para a Chavininha, o ano fica marcado também por "Juveniles" dos Juveniles, «que foi a "descoberta do século",  o álbum perfeito de férias e de antes delas, no meio de um marasmo auditivo e de repetições de coisas que me estavam a começar a deixar preocupada e a pensar que já não havia mais nada a não ser o que já estava a ser feito... Juveniles é "o" novo de 2013.» 



e por "We Need Medicine" dos The Fratellis, «que já me estavam a meter nervos por nunca mais editarem nada, eu que odeio estar a espera e tenho o dom de me esquecer das bandas quando elas não se despacham! E logo os Fratellis? Foi coisa para entrar logo no top 5. E para além disso o album é "blues" de bom.».




E eu não discordo das escolhas. Mas para mim, "Overgrown" de James Blake marcou claramente o panorama musical do ano - leiam o post e percebam porquê ;)


- e "Reflektor" dos Arcade Fire, que, graças ao 'toque de Midas' de James Murphy, chegou e venceu. Aliás, conquistou.


(e sim, aqui também há menções honrosas, mas para artistas portugueses. "Desfado" de Ana Moura e o álbum homónimo de Gisela João provam, se dúvidas houvesse, que o Fado está bem vivo e recomenda-se. Inúmeros projectos nacionais nasceram e muitos outros se consolidaram. Mas uns ganharam um lugar especial na rotação cá de casa: Linda Martini e o turbulento "Turbo Lento" e Noiserv e o maravilhoso "A.V.O.". E num ano tão pleno para a música portuguesa, seria injusto não lhes dar o devido destaque...)

É este o nosso retrato de 2013. E se com os melhores concertos e com as melhores músicas já tinha sido complicado, com os álbuns foi ainda mais. Primeiro, porque a menina Chavininha tem problemas espacio-temporais assumidos (está bem que mais temporais que espaciais) e que nunca sabe quando é que os álbuns foram lançados - é que se aconteceu há mais de um mês, entram em modo "old". Depois, porque o leque de escolhas tem sido cada vez maior. Mas, acima de tudo, porque, quando temos que decidir, as coisas se tornam muito mais "a sério". E isso, às vezes, custa.

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