Curtas: "Hunter", Anna Calvi
Adoro esta miúda, ou melhor, a voz dela. é tão intensa que dói.
E neste disco, está ainda mais repleta de teatralidade, tal como a sua música.
"Hunter" traz-nos uma Anna Calvi inspirada pela liberdade de género, sexualidade e identidade. «gender is a spectrum», «finding freedom in a non binary world» e «women are asked to be more like men but men should be more like women too» são algumas das frases que retive quando anunciou o seu novo disco.
Esse é o ponto de partida para "Hunter".
Sente-se no som mais frenético, nas letras - pouco elaboradas, demasiado simples até, mas que fazem passar a mensagem - nos arranjos complexos, nas melodias intensas.
Como a de "As a Man", de ritmo mais dramático muito por culpa da bateria, canção que cresce com a guitarra e os violinos.
Ou o tema título "Hunter", de melodia envolvente e feeling antigo, a voz de Calvi quase frágil, acompanhada pela guitarra eléctrica, a espaços. Soa tão bonita.
Ou ainda "Don't Beat the Girl out of My Boy", qual hino à androgenia, com a sua melodia forte, contrastando com a voz delicada de Anna.
Ou o tema título "Hunter", de melodia envolvente e feeling antigo, a voz de Calvi quase frágil, acompanhada pela guitarra eléctrica, a espaços. Soa tão bonita.
Ou ainda "Don't Beat the Girl out of My Boy", qual hino à androgenia, com a sua melodia forte, contrastando com a voz delicada de Anna.
Sente-se no som mais primitivo de "Indies or Paradise" e de "Wish", na mais carnal "Alpha" ou nos acordes finais tão intensos de "Chain". Até em "Eden", de acordes de guitarra em compasso, delicada e dramática q.b..
"Hunter" é, nas palavras de Anna Calvi, um disco primário e belo, vulnerável e forte. É também sensual e visceral, corpo em vez de alma, feminino e masculino.
E vale bem a pena escutá-lo.
nota final: Anna Calvi apresenta o novo disco ao vivo a 19 de outubro no Hard Club (Porto) e no dia seguinte no Capitólio em Lisboa.
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