Curtas: "Let's Go Sunshine", The Kooks

Hoje é dia de "Let's Go Sunshine", o quinto álbum dos The Kooks.
Mantenho com eles uma relação estável, ainda que volta e meia me aborreçam. Porquê? Porque tanto são capazes de escrever canções de Verão muito boas, como outras que não entusiasmam ninguém.
Nem tudo neste disco me convenceu, mas no geral, os moços voltaram ao registo de pop simpática, levezinha e upbeat.


Sou da opinião que os The Kooks funcionam melhor quando não lhes dá para as baladas - a voz de Luke Pritchard soa sempre mais «anasalada» e não me convence, como se lhe faltasse alguma densidade para ser «romântico». Por isso, não consigo achar graça a temas como "Picture Frame" ou a "Weight of the World".


A coisa corre-lhes melhor no registo pop-rock optimista e bem-disposto. Como em "Kids", canção de guitarras barulhentas, ou em "All the Time" ou "Fractured and Dazed" que traz de volta os «velhos» The Kooks, com os seus refrães orelhudos perfeitos para o sing-a-long. "Four Leaf Cover" é outro exemplo disso, e a enérgica "Pamela" irá com certeza por toda a gente a cantar e a saltar. "No Pressure", um dos singles que na altura não me chamou a atenção, é afinal um tema simpático.


Não sendo um disco irrepreensível, "Let's Go Sunshine" é alegre, jovial, soalheiro e dançável, recheado de refrães catchy e de canções pop descontraídas.
Às vezes faz falta algo assim, que nos permita não pensar e, apenas, descomprimir.

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