A hora dos Trêsporcento

Ainda não tinha tido oportunidade de ver os Trêsporcento ao vivo. Desde que ouvi pela primeira vez o tema "Elefantes Azuis" na Antena 3 que andava curiosa para perceber se ao vivo, em palco, a coisa era assim tão boa como soava em disco. Há uns dias, descobri que iam dar um showcase na Fnac e lá fui eu. E à segunda música, estava convencida. Ao vivo são mesmo bons.




A banda lisboeta apresentou o seu segundo trabalho "Quadro", tocando também alguns temas do primeiro registo "Hora Extraordinária". Não conhecia todas as canções do primeiro, e não tinha ainda ouvido as do segundo, por isso, não sabia bem o que esperar. 

Abriram com "És mais sede" e logo se percebeu que o som pop-rock dos Trêsporcento fica mais rock ao vivo. Ganha mais força, mais guitarra, e a voz, mais urgência. Como em "Elefantes Azuis" numa interpretação quase perfeita que não defraudou quem conhecia o tema, e que de certeza conquistou quem não o conhecia. E "Desgoverno" que podia bem ser um hino à resistência. "Genes", "O dia em que esses olhos brilharam" e "Dás a mão e não sentes" (do EP) denunciam o quão envolvente e segura é a voz de Tiago Esteves. Em "Veludo", fazem-nos bater palmas (e o pé) ao ritmo da bateria. 




Pelo meio, houve ainda "Cidade", um dos novos, que para mim ilustra na perfeição estes Trêsporcento. Uma melodia que nos prende, uma voz que nos agarra quando "grita" ao jeito do vocalista dos The Walkmen. Uma postura que já não é de uma banda de garagem mas de quem está mais do que pronto para se dar a conhecer.




Se dúvidas houvesse, o rock português está vivo e recomenda-se.

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