O Clubbing com os The Pains Of Being Pure at Heart

Foi numa noite particularmente fria que regressei ao Clubbing da Optimus, na Casa da Musica.
Nada de novo, apesar de fazer já muito tempo que não ia. Não por mais nada, mas, pelo desinteresse que me deixaram as bandas que por la passaram.

Ir ao Clubbing é magico. Ponto.
Mágico porque num espaço como a Casa da Musica qualquer concerto se torna num momento unico e indescritivel (e eu tenho muito pouco jeito para contar as coisas como a Concertina, até porque me disperso entre luzes e pormenores...) De qualquer das formas, como prometido, eu vou tentar.
 
O concerto estava marcado para as 22:30, e quando chegámos lá... Afinal tinha sido adiado para a meia noite. Pareceu me bem, sempre podiamos explorar as outras coisas que se passavam nas instalações (sim, porque o Clubbing, para quem nunca foi, é um evento que se desenrola por toda a Casa da Musica, em vários espaços e que tem vários protagonistas... Dj's, Vj's, e coisas que tais, em corredores, salinhas e recantos).

Ao contrario do normal também não foi na sala 2, os protagonistas da noite de ontem tiveram direito à maravilhosa Sala Suggia, e nós tivemos direito à fila da frente. O que num concerto potencialmente intimista é o que se espera.
Como comecei por dizer a noite estava fria, e o público, maioritariamente estrangeiro, nas 3 primeiras musicas estava morninho... até que depois, algures lá no meio, com Say no to Love a malta comecou a levantar se das cadeiras e a querer dar um pezinho de dança.


De qualquer das formas, a banda de Brooklin apresentou se muito clean, muito indie, e muito timida também, aliás demasiado timida até poderia eu acrescentar. Foi só depois das primeiras manifestações de um publico que, apesar de não muito participativo no inicio, ser constituido claramente por fãs (daqueles que cantam, batem palmas e dançam) que tivemos o privilégio de ouvir um "thank you Porto". Ainda assim também ele muito timido, que eles estavam ali para tocar e estavam na Casa da Musica, e como disse a teclista, e se estavam a sentir um bocado intimidados com a situação cultural em que de repente se tinham visto inseridos.


Tocaram todos os hits, as pessoas não resistiram e levantaram se das cadeiras, dançaram, bateram palmas e gritaram, e eles lá nos contaram, ainda assim, a medo, que estavam no fim de uma tour que os tinha tirado de casa por muito tempo, e que estavam radiantes porque, pela primeira vez em meses, estavam a tocar para uma plateia de gente de cabelo castanho (suponho que no norte da Europa a coisa não seja assim tão facil de encontrar).


Tivemos direito a tudo como já disse, ao Young Adult Friccion, a Everything with You, a Heart in your Heartbreack, a Higher than the Stars, a Belong e a mais uns quantos hits que se desenrolaram durante mais de uma hora de "pure delight", de um concerto intimista, muito bem executado, sem pausas e que acabou com um curtissimo encore.

Um dos momentos mais entusiasmados foi sem duvida quando tocou a musica com o mesmo nome da banda, em que se sentia todo o publico a cantar em coro "We will never die, no no we will never die" havendo até, na primeira fila algumas fãs entusiasmadas que mandavam beijocas a Kip Berman o timido vocalista que ficava corado com tanto entusiasmo e a um amigo que insistia em dançar como PSY ao seu melhor Gangnam Style.



Foi bom. Foi sim senhor. Foi indie. Foi... mágico.


"undressed, undone, we will never die, no no we will never die
we are as one, we will never die, no no we will never die" em The Pains of Being Pure at Heart


p.s. depois a festa continuou pelas outras salas da Casa da Musica. Mas sobre isso... o que acontece na Casa da Musica, fica na Casa da Musica ;)

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