Mercury Prize 2013: os nomeados da música electrónica

Perdoem-me os adeptos da cena electrónica, mas é definitivamente algo que não me assiste. Não renego, nem digo que não haja gente que mexa comigo, mas a maioria aborrece-me. E por vezes até me dá sono. Não consigo achar graça à batida, que me soa sempre igual, nem à maioria das (re)misturas. E nem a (habitual) participação de gentes de outros estilos me convence.





Mas, a bem deste "trabalho", eu tento. E por isso, lá fui ouvir o álbum de estreia dos Disclosure. "Settle" é daqueles registos que passam bem é na discoteca. Ponto. Não consigo compreender como é que alguém ouve disto sem ser nesse ambiente. Mas, gostos não se discutem... Ora, a mim, os Disclosure não me dizem absolutamente nada. Não tenho paciência para "When A Fire Starts To Burn" - que acho irritante e tive de passar à frente. Safam-se a "Latch" - que soa um bocadinho a Sam Sparro, "White Noise", com os Aluna George, e "You & Me" com Eliza Doolittle. Consegui ouvi-las até ao fim, e destacaram-se por entre as outras que me soaram sempre ao mesmo. Admito que eles até podem ser muito bons neste estilo. Mas claramente não me conquistam.




Igual reacção despertou em mim o moço Jon Hopkins. Chato, chatinho que ainda por cima é tudo instrumental - e, excepção feita à música clássica e a When The Angels Breathe ou Dead Combo por exemplo, o instrumental não funciona comigo. Ainda assim, "Breathe This Air" não é má de todo. O resto? São temas intermináveis, alguns com mais de 6 minutos, e eu confesso que só aguento se forem canções dos Sigur Rós. É como se estivesse a ouvir a mesma canção em loop. Mas, verdade seja dita, eu até imagino alguns dos seus temas, como "Abandon Window" e "Immunity" a integrarem bandas sonoras de filmes, daqueles de destruição do mundo ou de ficção científica. Ou até mesmo daqueles mais profundos como "A Árvore da Vida".




Já os Rudimental foram os que menos me deram cabo do sistema nervoso. Mais próximos do som dos Disclosure (sobretudo em "Spoon" ou em "Alien Bashment") do que de Jon Hopkins, não são tão agressivos para os meus ouvidos. Soa mais ou menos simpático quando os temas abraçam a pop ("Home", "Feel the Love", "Right Here", "Powerless", "Give You Up"), mas não me soou grande coisa quando piscou o olho ao hip-hop em "Hell Could Freeze" (outro dos estilos que não me inspira...). Felizmente, é mais variado: há algo de r&b em "Hide", "More Than Anything" e "Free", e até podemos sentir um bocadinho de orquestra jazz, em "Solo". O que é bom. Mas não me entusiasma.




Se a lista se resumisse a estes três, destacaria "Home" dos Rudimental. Mais ainda bem que há mais escolhas...

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