Um fim de tarde ao som de Capitão Capitão

21 de Setembro, última tarde oficial de Verão, esplanada do Jardim da Estrela. Cenário mágico para o concerto de apresentação de "II", o novo EP de Capitão Capitão.

Desta vez, apresenta-se com banda e com o instrumental "Malarranha" que em disco ainda não me tinha enchido as medidas. Mas ao vivo, com a preciosa ajuda no baixo de Salvador Carvalho dos Trêsporcento, é uma introdução de luxo.

"O Lugar" arrebata o primeiro sorriso. É a "minha" canção, com novo arranjo, é certo, mas a mesma intensidade, a mesma emoção, o mesmo arrepio na espinha. Como se a estivesse a ouvir pela primeira vez.





O contraste faz-se com "Memórias Curtas", o single. E apesar de não ter sido paixão à primeira escuta, a verdade é que se foi entranhando. E agora (já) não descola. Com "Folhas", dá-se o momento intimista, em jeito de canção de outono, tão apropriada, apenas "perturbado" por uma criança que ataca o piano, mas que não abala em nada a magia que se vive.

E de repente tudo treme cá dentro. JP anuncia uma versão dos Trêsporcento, em jeito de "resposta" à que eles fizeram de "Grande Mentiroso" noutras ocasiões. "O dia em que esses olhos brilharam" quase que me leva às lágrimas, ou não fosse um dos meus temas preferidos da banda...





Há ainda espaço para "A Faca" - que (ainda) não teve edição em disco, "Santo Amaro" e o encore com "Memórias Curtas" - embora a audiência estivesse à espera de ouvir "Grande Mentiroso" - e talvez assim, tivesse sido perfeito.

Está lá perto, porque o ambiente é informal, os amigos ajudam à festa, a simpatia de JP é contagiante. E as músicas ganham uma outra vida que, para mim, apesar de adorar ouvi-las em disco, as torna ainda mais especiais.

A terminar, o momento "backstage". Quase à semelhança do que aconteceu no SBSR uns meses antes. E é sempre uma honra poder estar de perto de pessoas que têm paixão por aquilo que fazem, e de poder partilhar com elas o que pensamos. E é engraçado como estes momentos - por mais breves que sejam - nos preenchem e se tornam inesquecíveis...

Nota final: a gerência, quer a parte do Porto, quer a de Lisboa, agradecem a simpatia e a amabilidade do Capitão Capitão, e as dedicatórias nos CD's, e retribuem com um beijinho e um "oh captain, my captain"! :P

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