Metafisicas à parte, aqui estão os We Are Temporary

Confesso que o que começou por me chamar a atenção para este álbum, não foi mais do que o próprio nome do projecto: We Are Temporary, que, por si só, é uma coisa que eu, às vezes, acho que a malta não tem bem assim a noção, e que nos poderia levar a várias considerações de maior sobre o assunto, e que, para aqui, não tem interesse nenhum. 


O próprio facto de o álbum se chamar Embers, depois disto, também me deixou intrigada. Até que o comecei a ouvir e percebi que tanto podemos ver isto como sendo nós a pertencer ao tal grupo de coisas temporárias, ou como sendo as músicas do álbum as tais brasas em chama que saem desse mesmo mundo... Metafisicas à parte, e pensando só na musica, a verdade é que isso tudo entra no departamento do "tanto faz"




Os We Are Temporary são um projecto de Mark Roberts que vem directamente de Brooklyn, e que junta vários géneros musicais, sendo a base de tudo a EDM. É um projecto onde notamos diferentes influências que vão do rock ao funk, e que vão aparecendo, qual bónus, no meio das músicas. 




Embers começa com “Universe”, onde a voz de Roberts salta logo à vista, a letra se impõe e me leva imediatamente a pensar nos Presets. “Universe” é uma musica densa, com um uso dos samplers brilhante, e com uma melodia mágica até ao refrão. E isto é a base do que acontece no álbum, e que o faz ser, para mim, relevante. 
A voz de Mark Roberts, vou repetir a ideia, tem muitas variações e torna tudo muito mais interessante, especialmente quando conjugada com as melodias que a acompanham. 


Se em “Candy” temos a influência audível de Iggy Pop, quer no ritmo quer na voz, e uma influência muito grande dos sons dos anos 80, “Winter”, tem um som mais pesado, com uma melodia que é das mais interessantes do disco. Outro dos meus destaques vai para “Earth”, com um beat inconfundível que nos remete de imediato aos anos 90, e ao som dos Underground Sounds of Lisbon, por exemplo. 




Embers é, de facto, um álbum muito diverso. Ainda que tenha uma linha condutora muito forte, que reside essencialmente na própria voz de Mark Roberts, que nos leva e nos faz sentir tudo ao longo do álbum. A verdade é, depois de o ouvir, fiquei curiosa com o que se seguirá para os We Are Temporary, e se, este mesmo projecto será temporário ou não.

Eu acho que esta carregado de potencial e que, daqui podem vir coisas muito boas. E, só por isso, vou continuar atenta.

“.. our future is being part of our song…”  em Universe. 

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