Rapidinhas: "Hundred Acres", S. Carey
S. Carey é, a seguir a Justin Vernon, o elemento mais famoso dos Bon Iver (para quem não sabe, é o baterista). Tem uma carreira a solo já consistente, mas como em tantos outros projectos paralelos, nem sempre é fácil afastarmo-nos do universo inicial. E há muita coisa em "Hundred Acres" que me remete para os primeiros discos de Bon Iver.
Os sintetizadores, as melodias, as histórias de amor e perseverança, às vezes até a forma como a voz de Carey rompe pelas canções. A diferença é que S. Carey puxa para um lado (ainda) mais clássico, com acordes intensos, às vezes esmagadores (no bom sentido, claro), usando e abusando dos violinos e afins.
O que para mim, como já sabem, é magia.
O que para mim, como já sabem, é magia.
As canções transportam-nos logo para um sítio só nosso, longe da confusão, daqueles de planícies desertas e um horizonte sem fim, onde a tranquilidade nos abraça. Seja ao som da simplicidade de "True North" ou do ritmo da bateria de "More I See", dos acordes familiares de "Fool's Gold" que nos embalam, ou de "Meadow Song", que no último minuto nos aquece a alma com uma entrada de violino arrebatadora.
"Hundred Acres" não soa a novidade mas soa a fresco. É um disco clean, sem demasiada parafernália, sem demasiados efeitos. E talvez seja essa simplicidade que nos conquista.
"...trying to live a simpler life and doing the things you want with the people you love..." (S. Carey)
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