A avalanche sonora dos Dinamarqueses Quadron
Podia começar por dizer que, a primeira vez que ouvi os Quadron teria sido no Authentic Shit (programa de radio de Mark Ronson), e ignorar o facto de já os ter ouvido antes, numa daquelas listas de "não sei quantas musicas espectaculares que vão marcar o verão de 2013" que eu normalmente odeio.
Mas sim, o meu primeiro contacto com a viciante terceira musica deste Avalanche, foi aí.
"Hey Love" passou, de forma muito obvia, a partir desse primeiro momento, a fazer parte das musicas do carro, independentemente de na altura ser Abril e não Agosto, e colou-se. E depois passou a fazer parte das musicas dos carros dos amigos, juntamente com "Favourite Star". Sim, que isto é assim que funciona.
E aqui, depois desta introdução, eu tenho que confessar que a primeira audição do álbum, não me fascinou. Ou melhor, achei que não correspondia as expectativas criadas com as musicas de que já falei, o que era totalmente escusado. Mas, provavelmente, o facto de ele ir passando aos bocadinhos no programa de radio de Mark Ronson, o facto de ter entretanto descoberto que Robin Hannibal, uma das partes deste duo dinamarquês, ser também uma das partes dos Rhye, ou o chegar do calor, ou mesmo só a calmaria das ferias, fez com que se entranha-se mais.
Não posso também não dizer que os Quadron me fazem lembrar os Smoke City, donos do magnifico e antigo "Underwater Love", ainda que saiba que isso pode ser só de mim.
Então e o que dizer de Avalanche?
Que é muito Chillout, muito mais calmo, os fins de tarde de sol, o jantar de fim de noite de ferias com calor? Pois que sim, isso tudo e mais algumas coisinhas.
De qualquer forma, falar dos Quadron sem falar na voz de Coco O é crime. A voz da menina dos Quadron é a alma deste projecto. (e de outros como o da banda sonora de "The Great Gatsby" em "Where The Wind Blows".)
Podendo correr o risco de ser exagerada, a voz magoada, delico-doce, soul e forte da personagem (principal?) dos Quadron, dá nos a única ligação possível entre as musicas deste Avalanche. Desde o tom mais forte e incisivo, aos mais sussurado, Coco O para mim, faz da banda o que ela é. Ainda que isto possa estar a minimizar o resto do projecto. Opiniões valem o que valem.
Falar em Avalanche é falar numa amalgama de sons, numa belíssima colaboração com Kendrik Lamar em "Better Off", mostrando-nos que a musica é cada vez mais transversal, e as colaborações estão, pois, na ordem do dia, especialmente se de estilos diferentes, como neste caso o Hip Hop, que, como eu já ouvi alguém que sabe mesmo destas coisas dizer, vai ser o novo "boom".
"Sea Salt", "Neverland" e "Avalanche", musicas de verão, muito ao jeito Bossa Nova, muito light, convivem neste album com "Crush" e "Befriend" com os seus beats mais electronicos e a voz de Coco O mais grave e mais intima (e porque não, mais blues?) e os sons mais groovy de "LFT" e "It's Gonna Get You" mais ritmadas, menos calmas mas ainda assim pouco intensas e "agressivas", que em nada combinam com "Hey Love" ou "Favourite Star", numa onda mais pop, mais soul, com uma batida claramente acima da média, e uma percussão irrepreensivelmente boa, fazem com que os Quadron sejam uma bela companhia de verão, pelo menos para o meu verão.
"Told me there was no rules, When you came out of the blue, Guarded myself from mornings, Crushes don’t come with warning..."
Mas sim, o meu primeiro contacto com a viciante terceira musica deste Avalanche, foi aí.
"Hey Love" passou, de forma muito obvia, a partir desse primeiro momento, a fazer parte das musicas do carro, independentemente de na altura ser Abril e não Agosto, e colou-se. E depois passou a fazer parte das musicas dos carros dos amigos, juntamente com "Favourite Star". Sim, que isto é assim que funciona.
E aqui, depois desta introdução, eu tenho que confessar que a primeira audição do álbum, não me fascinou. Ou melhor, achei que não correspondia as expectativas criadas com as musicas de que já falei, o que era totalmente escusado. Mas, provavelmente, o facto de ele ir passando aos bocadinhos no programa de radio de Mark Ronson, o facto de ter entretanto descoberto que Robin Hannibal, uma das partes deste duo dinamarquês, ser também uma das partes dos Rhye, ou o chegar do calor, ou mesmo só a calmaria das ferias, fez com que se entranha-se mais.
Não posso também não dizer que os Quadron me fazem lembrar os Smoke City, donos do magnifico e antigo "Underwater Love", ainda que saiba que isso pode ser só de mim.
Então e o que dizer de Avalanche?
Que é muito Chillout, muito mais calmo, os fins de tarde de sol, o jantar de fim de noite de ferias com calor? Pois que sim, isso tudo e mais algumas coisinhas.
De qualquer forma, falar dos Quadron sem falar na voz de Coco O é crime. A voz da menina dos Quadron é a alma deste projecto. (e de outros como o da banda sonora de "The Great Gatsby" em "Where The Wind Blows".)
Podendo correr o risco de ser exagerada, a voz magoada, delico-doce, soul e forte da personagem (principal?) dos Quadron, dá nos a única ligação possível entre as musicas deste Avalanche. Desde o tom mais forte e incisivo, aos mais sussurado, Coco O para mim, faz da banda o que ela é. Ainda que isto possa estar a minimizar o resto do projecto. Opiniões valem o que valem.
Falar em Avalanche é falar numa amalgama de sons, numa belíssima colaboração com Kendrik Lamar em "Better Off", mostrando-nos que a musica é cada vez mais transversal, e as colaborações estão, pois, na ordem do dia, especialmente se de estilos diferentes, como neste caso o Hip Hop, que, como eu já ouvi alguém que sabe mesmo destas coisas dizer, vai ser o novo "boom".
"Sea Salt", "Neverland" e "Avalanche", musicas de verão, muito ao jeito Bossa Nova, muito light, convivem neste album com "Crush" e "Befriend" com os seus beats mais electronicos e a voz de Coco O mais grave e mais intima (e porque não, mais blues?) e os sons mais groovy de "LFT" e "It's Gonna Get You" mais ritmadas, menos calmas mas ainda assim pouco intensas e "agressivas", que em nada combinam com "Hey Love" ou "Favourite Star", numa onda mais pop, mais soul, com uma batida claramente acima da média, e uma percussão irrepreensivelmente boa, fazem com que os Quadron sejam uma bela companhia de verão, pelo menos para o meu verão.
"Told me there was no rules, When you came out of the blue, Guarded myself from mornings, Crushes don’t come with warning..."
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