When The Angels Breathe, o (meu) novo refúgio

Não foi assim há tanto tempo que me foi dado a conhecer o projecto a solo de David Francisco, When The Angels Breathe [WTAB]. Provavelmente mais conhecido como baixista dos Uni_Form, David inspirou-se num evento muito especial da sua vida - o nascimento da filha - para criar os sons que estarão presentes no álbum "The Wolf" com edição prevista para Setembro deste ano.

Em pesquisa para esta nota, pude ler numa entrevista que "o projecto surgiu numa vontade enorme de fazer um álbum mais centrado na composição das guitarras, um álbum mais forte e que tocasse as pessoas de forma diferente, e que cada pessoa pudesse desfrutar de maneira diferente das canções, viajando no tempo" (David Francisco, para a lookmag aqui: http://lookmag.pt/blog/when-the-angels-breathe/).

E à primeira escuta, confirma-se exactamente isso mesmo. Três temas (até agora), sons quentes, melódicos mas sempre com ritmo, que nos acalmam, que nos deixam num estado de paz interior. A guitarra é sem dúvida o elemento dominante - e que bem que ela soa... 

"Savage" é o primeiro single, e é tão apaziguador que arrepia - mas em bom. É impossível não acompanhar o ritmo da bateria e sentirmos a explosão da melodia. É fim-de-tarde de verão, aquele momento zen em frente ao mar... "The Wolf", por seu lado, é mais luz, uma canção de despertar, os primeiros raios de sol de um dia pacífico. E "The Eye Of The Wolf" é noite. Mas longe de ser escura, é noite que nos abraça e nos recolhe, que nos acalma e que nos protege.





Há qualquer coisa de extraordinário nas composições (todas elas instrumentais) de WTAB. Há qualquer coisa que nos faz aquecer a alma, que nos transporta para um refúgio pessoal longe das confusões do dia-a-dia. Se pensar bem, são os mesmos sentimentos que me despertam as canções de Sigur Rós, mesmo sem compreender o idioma (e, sejamos sinceros, quantos de nós o sabem?). Mas a verdade é que as suas melodias nos tocam.

E as melodias de David Francisco também. E isso para mim é prova mais do que suficiente que, quando a música é boa, não há obstáculos que nos impeçam de nos envolvermos, de nos deixarmos levar pela emoção.

E por aqui, aguardamos com ansiedade a chegada de "The Wolf".

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