De volta ao zoo...
... que é como quem diz, sejam bem-vindos ao mundo musical dos Go Back To The Zoo, e a este Zoo, o terceiro álbum da banda holandesa. (Como dizia a Concertina na terça-feira, "quem é que se lembrou de dar um nome destes a uma banda?" Eu não sei, mas gosto muito.)
De começar por dizer que este post é proibido para quem vier à espera de sons calmos, melancólicos, electrónicos e/ou de Primavera. Porque os Go Back To The Zoo são tudo menos isso. Estamos sim perante uma banda com uma identidade marcadamente rock, com delirios pop e disco, e com muitas referencias dos anos 80, assim como eu mais gosto.
Posto isto, vamos a este Zoo, e a tudo o que lá podemos encontrar.
Começamos com "Head Up High", com uma entrada quase em gospel, que não me deixa fugir do universo de George Michael e do seu "Freedom", e de onde se se destacam a voz carismática e convincente de Cas Hieljes e as guitarras meias psicadélicas que o acompanham.
Continuamos numa linha que se inclina mais para o indie-rock (mas com muitas influencias dos anos 80 e 90) com este "(I Just Wanna) Milkshake", onde a linha do baixo de Lars Kroon é perfeita, e o refrão nos faz querer dançar. Se formos bem a ver, acontece-nos o mesmo em "Hero Of Our Time" com o seu ritmo extremamente frenético, e sempre com a linha condutora que nos é dada pela voz de Hieljes e pelas guitarras inquietas que acabam por criar um som perto do perfeito, sempre muito bem acompanhadas pela bateria que é sempre discreta, porém extremamente eficaz.
Dentro deste mesmo alinhamento mais rock aparecem-nos ainda "Julia" e "Victoria", anda que esta ultima seja claramente mais pop, apesar das suas guitarras sempre a "rasgar" e com pausas quase dramáticas, que ajudam a transformar esta numa daquelas musicas de que nós tanto falamos, daquelas para as multidões.
De volta aos anos 80, chegam-nos "Charlene" (com um inicio grandioso e com um grande som) e "Miracle Show", e eu acho que é impossível não darmos por nós a cantarolar os refrães que me levam sempre a um universo que andará perto dos Foreigner e seus sucedâneos.
Eis então que chega o que, para mim, é o melhor momento de Zoo, este "You", com uma entrada dramática e com a voz que nos hipnotiza é uma perfeita "love song". O refrão de "You" é uma delicia para os meus ouvidos, ainda que tenhamos sempre a sensação de que estamos algures nos anos 80 (ou, na pior das hipoteses para mim, algures muito perto do "Use Somebody" dos King Of Leon), mas com uma sensação de novo (aquela que eu confesso que me vicia nestas coisas da musica.)
Podemos encontrar semelhanças a isto que eu já descrevi em "Bedroom", ainda que esta seja muito mais introspectiva e, como tal mais intima, menos dramatica e mais suave.
De começar por dizer que este post é proibido para quem vier à espera de sons calmos, melancólicos, electrónicos e/ou de Primavera. Porque os Go Back To The Zoo são tudo menos isso. Estamos sim perante uma banda com uma identidade marcadamente rock, com delirios pop e disco, e com muitas referencias dos anos 80, assim como eu mais gosto.
Posto isto, vamos a este Zoo, e a tudo o que lá podemos encontrar.
Começamos com "Head Up High", com uma entrada quase em gospel, que não me deixa fugir do universo de George Michael e do seu "Freedom", e de onde se se destacam a voz carismática e convincente de Cas Hieljes e as guitarras meias psicadélicas que o acompanham.
Continuamos numa linha que se inclina mais para o indie-rock (mas com muitas influencias dos anos 80 e 90) com este "(I Just Wanna) Milkshake", onde a linha do baixo de Lars Kroon é perfeita, e o refrão nos faz querer dançar. Se formos bem a ver, acontece-nos o mesmo em "Hero Of Our Time" com o seu ritmo extremamente frenético, e sempre com a linha condutora que nos é dada pela voz de Hieljes e pelas guitarras inquietas que acabam por criar um som perto do perfeito, sempre muito bem acompanhadas pela bateria que é sempre discreta, porém extremamente eficaz.
Dentro deste mesmo alinhamento mais rock aparecem-nos ainda "Julia" e "Victoria", anda que esta ultima seja claramente mais pop, apesar das suas guitarras sempre a "rasgar" e com pausas quase dramáticas, que ajudam a transformar esta numa daquelas musicas de que nós tanto falamos, daquelas para as multidões.
De volta aos anos 80, chegam-nos "Charlene" (com um inicio grandioso e com um grande som) e "Miracle Show", e eu acho que é impossível não darmos por nós a cantarolar os refrães que me levam sempre a um universo que andará perto dos Foreigner e seus sucedâneos.
Eis então que chega o que, para mim, é o melhor momento de Zoo, este "You", com uma entrada dramática e com a voz que nos hipnotiza é uma perfeita "love song". O refrão de "You" é uma delicia para os meus ouvidos, ainda que tenhamos sempre a sensação de que estamos algures nos anos 80 (ou, na pior das hipoteses para mim, algures muito perto do "Use Somebody" dos King Of Leon), mas com uma sensação de novo (aquela que eu confesso que me vicia nestas coisas da musica.)
Podemos encontrar semelhanças a isto que eu já descrevi em "Bedroom", ainda que esta seja muito mais introspectiva e, como tal mais intima, menos dramatica e mais suave.
Acabamos esta visita ao Zoo com "Decision" e com "Situation", esta ultima com uma grande letra e um som quase em "disco", com a magnética voz de Cas Hieltjes de novo a brilhar, e a primeira com ritmos que nos levam quase ao "afro-beat", mas sem que nunca se percam os traços de rock que caracterizam a banda, ainda que eu às vezes ache que eles só existem por causa da voz e da bateria.
E, a esta altura, se ainda alguém tinha duvidas que os Go Back To The Zoo são uma bela aposta para esta Primavera que teima em não chegar, eu garanto que sim.
E ainda fiquei mais convencida depois de ter ido ver como é que eles se portam ao vivo aqui:
Portanto, o melhor é rendermos-nos e irmos ao Zoo. Mas só se for assim tão bem acompanhadas.
"... If You bring the Light, I'll start a Fire..." em You.
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