"Foolish", o novo e sentido single dos Big Society
O segundo destaque de hoje vai para "Foolish", o mais recente single dos britânicos Big Society - sobre quem já falei aqui - e que é também a nova amostra para o disco de estreia previsto para este Outono.
"Foolish" mantém o registo despojado do single anterior, explorando «a frustração de não se compreender a raiva de alguém, ao mesmo tempo que se reconhece a necessidade de autorreflexão e mudança». É uma canção relacionável, que transmite uma certa turbulência interior enquanto se procura por apoio.
Apesar da letra direta e sentida, "Foolish" está longe de ser uma composição sombria. Há, de facto, um contraste entre melodia e voz, mas tudo soa perfeitamente equilibrado. Há mudanças de tom e de ritmo que dão dinâmica ao ambiente e que vão acentuando as diferentes sensações.
A melancolia está bem presente mas uma dimensão onírica também. Os arranjos são tão amenos quanto galopantes, com harmonias calorosas, cortesia de uma linha de guitarra reluzente e envolvente que se entrelaça com uma secção rítmica cadenciada, a lembrar a batida tribal. E, entre tudo isto, a voz guia-nos e prende-nos no seu registo suave mas muito emotivo, sem que lhe falte sentido de melodia.
"Foolish" é honesta e terna, mas é também pulsante e intensa. É calma e é agitada, é um turbilhão de emoções, tal e qual como os que sentimos, por vezes, no meio de um relacionamento. É um escape e é um momento de inspiração, e, por isso, é para quando precisarmos de escutar o que vai cá dentro.
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