Porto Primavera Sounds, as crónicas de um festival - dia 1
Pois é, cabe-me dar início à época de festivais de verão, e logo com o Primavera Sounds no Porto. Complicado... Eu tinha prometido que ia dar o meu melhor, e, como gosto de honrar a minha palavra, prometo que me vou esforçar ao máximo. MAS, e como também toda a gente já sabe, sou facciosa, e não vou estar a falar daquilo que não gosto. Chavinices.
Chegámos ao recinto à hora em que toda a gente resolveu chegar, até porque era quinta-feira, e a malta trabalha. Portanto, e como tinha que ser, havia fila para entrar. (Odeio filas.) Depois, como o tempo desnecessariamente perdido na fila ainda foi algum, fiquei com fome. O que fez com que a primeira paragem fosse nas barracas da alimentação. E a esta hora já os Wild Nothing tocavam...
A esta altura já achávamos nós que nos íamos ter que começar a deliciar com as Breeders... A única questão é que, de tanto tentarem ser fiéis a uns anos 90 que já la foram, o concerto se tornou um bocadinho chato... Ou isso ou o facto de estarmos a ver o concerto ao lado de James Blake (placidamente sentado na relva ao nosso lado, com aquela cara de miúdo ..) que nos fez desconcentrar do concerto morno que estava a acontecer no palco principal. O publico só reagiu a Cannonball, morno, muito morno... Num fim de tarde frio.
Depois foi a vez dos Dead Can Dance, que nos levaram a um mundo mágico, e distante, no palco mais pequeno, no meio das árvores com um som deliciosamente bom, e com as vozes mágicas de Lisa Gerrard e Brendan Perry a ecoarem como só eles sabem. Diz quem gosta que foi muito bom, eu que sou só espectadora a esta hora, pareceu-me que sim, que o concerto foi bom, mas que, para um primeiro dia de festival, ainda não estava a ser... excepcional.
Tudo mudou depois, com o concerto em que eu tinha menos expectativas. Subia então ao palco Nick Cave (que eu ja tinha visto no Coliseu há uns anos, e que me deixou então muito desiludida...). Nick Cave, o senhor que toda a gente queria ver. Nick Cave que aos 55 anos está com uma energia invejável que correu, dançou, saltou (quase em modo Jarvis Cocker, digo eu...) e que mostrou aquilo que é muito bom a fazer: animar todo um publico sedento de canções melodico-morbidas. O concerto foi muito enérgico, muito bom, com a ajuda dos Bad Seeds é facto, mas com um Nick Cave renovado e cheio de coisas para dar a um publico que a esta hora estava já em euforia.
Chegava então a hora das coisas que eu mais gosto. Os Deerhunter prepararam o caminho para o maravilhoso James Blake. E fizeram-no muito bem, com guitarras enérgicas e animadas que me fizeram dançar, e com a voz de Brandon Cox a ecoar bem alto no recinto e a animar o publico que se mantinha fiel e que esperou pelo momento alto da noite: James Blake.
Toda a gente que nos segue já sabe que as meninas tem uma fascinação pelo senhor Blake. Pela delicadeza da sua música, pelo experimentalismo da mesma, pela própria intimidade que a voz dele confere às letras delicadas que ele canta. Por tudo isto não esperava menos do concerto de James Blake, que teve a ingrata missão de fechar o primeiro dia de festival, numa quinta feira fria e com um recinto a menos de meio... afinal de contas já eram quase 3 da manhã!
Com um alinhamento praticamente perfeito, que alternava entre momentos mais intimistas e "devaneios" mais dançáveis e experimentais, para mim, James Blake foi a jóia da coroa deste primeiro dia de Primavera Sounds. Sem qualquer tipo de dúvida. E "o" momento foi quando ele cantou "There's a limit to your love". Que fez com que, de repente, durante aquele tempo e espaço, só estivéssemos lá nós. E ele.
Agora resta-me recuperar energia para mais logo continuar, e amanhã há mais!!!!! :)
Chegámos ao recinto à hora em que toda a gente resolveu chegar, até porque era quinta-feira, e a malta trabalha. Portanto, e como tinha que ser, havia fila para entrar. (Odeio filas.) Depois, como o tempo desnecessariamente perdido na fila ainda foi algum, fiquei com fome. O que fez com que a primeira paragem fosse nas barracas da alimentação. E a esta hora já os Wild Nothing tocavam...
A esta altura já achávamos nós que nos íamos ter que começar a deliciar com as Breeders... A única questão é que, de tanto tentarem ser fiéis a uns anos 90 que já la foram, o concerto se tornou um bocadinho chato... Ou isso ou o facto de estarmos a ver o concerto ao lado de James Blake (placidamente sentado na relva ao nosso lado, com aquela cara de miúdo ..) que nos fez desconcentrar do concerto morno que estava a acontecer no palco principal. O publico só reagiu a Cannonball, morno, muito morno... Num fim de tarde frio.
Depois foi a vez dos Dead Can Dance, que nos levaram a um mundo mágico, e distante, no palco mais pequeno, no meio das árvores com um som deliciosamente bom, e com as vozes mágicas de Lisa Gerrard e Brendan Perry a ecoarem como só eles sabem. Diz quem gosta que foi muito bom, eu que sou só espectadora a esta hora, pareceu-me que sim, que o concerto foi bom, mas que, para um primeiro dia de festival, ainda não estava a ser... excepcional.
Tudo mudou depois, com o concerto em que eu tinha menos expectativas. Subia então ao palco Nick Cave (que eu ja tinha visto no Coliseu há uns anos, e que me deixou então muito desiludida...). Nick Cave, o senhor que toda a gente queria ver. Nick Cave que aos 55 anos está com uma energia invejável que correu, dançou, saltou (quase em modo Jarvis Cocker, digo eu...) e que mostrou aquilo que é muito bom a fazer: animar todo um publico sedento de canções melodico-morbidas. O concerto foi muito enérgico, muito bom, com a ajuda dos Bad Seeds é facto, mas com um Nick Cave renovado e cheio de coisas para dar a um publico que a esta hora estava já em euforia.
Chegava então a hora das coisas que eu mais gosto. Os Deerhunter prepararam o caminho para o maravilhoso James Blake. E fizeram-no muito bem, com guitarras enérgicas e animadas que me fizeram dançar, e com a voz de Brandon Cox a ecoar bem alto no recinto e a animar o publico que se mantinha fiel e que esperou pelo momento alto da noite: James Blake.
Toda a gente que nos segue já sabe que as meninas tem uma fascinação pelo senhor Blake. Pela delicadeza da sua música, pelo experimentalismo da mesma, pela própria intimidade que a voz dele confere às letras delicadas que ele canta. Por tudo isto não esperava menos do concerto de James Blake, que teve a ingrata missão de fechar o primeiro dia de festival, numa quinta feira fria e com um recinto a menos de meio... afinal de contas já eram quase 3 da manhã!
Com um alinhamento praticamente perfeito, que alternava entre momentos mais intimistas e "devaneios" mais dançáveis e experimentais, para mim, James Blake foi a jóia da coroa deste primeiro dia de Primavera Sounds. Sem qualquer tipo de dúvida. E "o" momento foi quando ele cantou "There's a limit to your love". Que fez com que, de repente, durante aquele tempo e espaço, só estivéssemos lá nós. E ele.
Agora resta-me recuperar energia para mais logo continuar, e amanhã há mais!!!!! :)
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