Falemos hoje sobre os Drowners...

... não por ser um dia especial qualquer, mas porque qualquer dia é um bom dia para falar neles.


E porquê?


Podia dar um milhão de razões triviais, daquelas do género "porque eu gosto de rock", "porque eles fazem um som que a mim me diz coisas" ou mesmo "porque me apetece", mas a realidade é que eles me conquistaram com o seu som limpo e com as suas letras. E só por isso, vamos hoje falar nos Drowners.



E começa-se então por este "Ways To Phrase a Rejection", uma das minhas preferidas de Drowners (o álbum que andamos a ouvir há uns tempos.), de onde destaco (para além das benditas guitarras e da letra) a voz de Matthew Hill, que nos inquieta de forma autêntica e nos acalma ao mesmo tempo, no meio das guitarras frenéticas e da bateria bem compassada. 

Destaco ainda outra das coisas que eu mais gosto nos Drowners, e que gosto na generalidade (como acho que já disse aqui algumas vezes), de musicas com dois minutos e qualquer coisa, daquelas que me põe a querer ouvir mais e que nunca me cansam. E outro belo exemplo disso é "Let Me Finish". Ou, se formos bem a ver, qualquer música deste Drowners.




O single "Luv, Hold me Down" tem qualquer coisa de mais pop, (ou será pelo ritmo que é mais intenso? Ou pela atitude mais comercial?) que não me entra assim tão bem.

Mas Drowners está carregado de sons que eu gosto, como "Watch You change", onde se destacam os solos de guitarra, "You've got It All Wrong" numa forma mais "blasé" e meia desligada, ou mesmo "Well, People Will Talk", que por tudo, (pela atitude de Hill, pelas guitarras, pela bateria ou mesmo só porque sim) me leva aos Lemonheads de que eu gosto tanto.




"Button Your Blouse" leva-me a outros tempos, a sítios onde se faziam musicas "para as meninas", mais de conquista, provavelmente por causa da bateria e do ritmo que ela impõe à musica. Mas o mais provável é ser por causa da letra. E acontece o mesmo com "Unzip Your Harrington". Meio morno ou quase frio. Digo eu.




Mas Drowners é um album cheio de "coisas", de intensidades e de palavras. Aqui em "Pure Pleasure" há mais ritmo, ele torna-se mais urgente, mais rápido (mas nem por isso mais interessante). E acontece o mesmo com "Bar Chat", como se os Drowners não devessem aumentar a "potência", porque isso não lhes acrescenta nada de extraordinário e que já não tenhamos ouvido outras bandas a fazer. 




Acaba-se tudo com "Shell Across My Tongue", onde eu acho que os Drowners são o melhor que podem ser: uma banda com musicas ritmadas, com uma voz interessante, com guitarras que não fazem ruído mas tocam (...e nos tocam também, porque não?), e que nos mostram que, como disse Alex Turner no mais mitico de todos os discursos da temporada de entrega de prémios: "...That Rock n' Roll, eh? It just Won't Go Away..."




"...Well, I don't deal with feeling confortable. Oh, I don't deal with That at all...", em  Shell Across The Tongue.

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