Vénias e Aleluias, chegaram os Reverend and The Makers.

Pois bem, é sabido que eu sou fã assumida dos Reverend and The Makers
Daquelas de há muito tempo e que vai seguindo a banda (que não sabemos porque, mas que ninguém se lembrou de cá trazer...), que vai dançando com os álbuns e vai cantando as letras devidamente politizadas e acutilantes que John McClure (mais conhecido por The Reverend) nos vai cantando.

Este Thirty Two, o quarto álbum da banda, não é excepção a essa regra, é um facto.
E provavelmente também não é o melhor álbum de todo o sempre. 
Mas eu sempre gostei de artistas que vão contra o sistema e que se lançam sozinhos nestas aventuras, fazendo as coisas à sua maneira e não como alguém quer que eles as façam. E isto é a base de Thirty Two. E se quisermos ser ainda mais precisos, da própria banda.






E Thirty Two começa "em bom", com este "Detonator", que nos leva ao som mais característico da banda de Sheffield, e que começa com uma entrada devidamente grandiosa (como se está mesmo à espera...) que nos abre as portas para a pista de dança. 
Se por acaso alguém já se tivesse esquecido, era mesmo disto que se estava à espera quando se fala nos Reverend and The Makers.
Acontece-nos o mesmo quando ouvimos "Different Trains" onde sentimos uma vontade gigantesca de cantar com eles os "la, la, las"



Ainda em "modo dançante", chega-nos "Time", (e mesmo "I Spy", ainda que esta seja muito mais uma musica de estádio e para as multidões), com um som muito mais sofisticado (ou pesado, dependendo do ponto de vista), que me lembra os primórdios da banda e o seu "Heavyweight Champion Of The World".




Em "The Devil's Radio" entramos numa onda quase Ska. E eis que começa a "esquizofrenia" musical boa que tanto me atrai nos Reverend And The Makers. Uma coisa que faz com que possamos imaginar que a vida é sempre uma festa a toda a hora, coisa que também acontece em "Nostalgia" ainda que esta seja muito mais electrónica, o tal "indie quase em Ska" que só dá vontade de dançar e levantar pó do chão.


Eis então que chega "Happy Song", a canção mais meiguinha e mais em slow motion de Thirty Two, com uma letra muito interessante (especialmente se gostarmos de coisas em modo "auto-ajuda" (que não é o meu caso...)), e onde não consigo não ficar sempre à espera que ela se desenvolva ou que haja um rasgar qualquer. Como se "Happy Song" fosse uma musica que está dentro de uma caixa, lá muito contida e quase sem graça nenhuma. A não que levemos a letra de forma ironica. Aí a coisa até podia ser diferente. Mas a realidade é que, para mim, não é. 



Voltamos então ao registo mais "normal" da banda, neste caso mais rock e menos "para as multidões", ainda que continue a ser electronico q.b. "Old Enough (To Know Better)" continua a ter o dom de me por a querer tirar os pés do chão, mas, essencialmente, a querer cantar. E daqui para a frente, acontece-me o mesmo, quer seja em " The Only One", quer seja com "Your Girl", o single (que eu cismo em achar que tem um inicio que é praticamente igual ao de "Firestarter" dos Prodigy).


O momento mais intimo de Thirty Two chega-nos, no fim, com "Play Me", uma daquelas musicas que arrepia, mas que arrepia com grandiosidade.  Isto sim é uma coisa que "me" encaixa no departamento dos slows, essencialmente por causa da letra e das brilhantes orquestrações. (Ou no caso do video da crueza com que "O Reverendo" canta.)

Em conclusão, a unica coisa que me resta dizer de Thirty-Two é muito simples: "com o Reverend no comando dancemos então, amen!"

"...I'd do anything for you, pussy cat what's new? I Spy for you..." em I Spy.

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