as cenas novas dos Muse
Gosto dos Muse. Aliás, gosto mesmo muito. São uma das bandas que não consigo eliminar da playlist do meu iPod. Adoro poder cantarolar e vibrar ao som de time is running out, hysteria, knights of cydonia, citizen erased, e tantas outras que já fazem parte da minha vida. No entanto, confesso que ainda hoje tenho alguma dificuldade em ouvir por inteiro o último álbum, Resistance. Não sei se por ter embirrado com a canção dos vampirinhos, ou se por achar que eurasia seria demasiado ambiciosa - e sim, aí talvez esteja a ser conservadora... Com o tempo, o álbum ganhou espaço e hoje resistance, uprising, e mk ultra são indispensáveis na minha lista de reprodução.
É esse benefício da dúvida que vou dar aos temas de The 2nd Law. Os primeiros avanços deixam-me sem saber muito bem o que pensar. Aquele unsustainable, qual hino do Apocalipse, faz-me imaginar o fim da humanidade ou a última hipótese de a salvarmos. uma introdução que nos prende, a antever um crescendo, ou um twist. uma revolução. uma explosão. um coro celestial... a bateria a definir o compasso, as guitarras a simbolizarem robôs, a destruição da Terra, a luta pela sobrevivência, a espera por um herói...
É esse benefício da dúvida que vou dar aos temas de The 2nd Law. Os primeiros avanços deixam-me sem saber muito bem o que pensar. Aquele unsustainable, qual hino do Apocalipse, faz-me imaginar o fim da humanidade ou a última hipótese de a salvarmos. uma introdução que nos prende, a antever um crescendo, ou um twist. uma revolução. uma explosão. um coro celestial... a bateria a definir o compasso, as guitarras a simbolizarem robôs, a destruição da Terra, a luta pela sobrevivência, a espera por um herói...
Eis que surge a voz de Matt Bellamy, o anjo que anuncia esperança, que nos vai salvar, que apazigua o espírito, que tenta evitar a (auto)destruição da humanidade perante uma guitarra insistente... Imagino um cenário de destruição. Máquinas contra humanos. E no fim ganha a guitarra do Matt.
E talvez nessa onda de salvação, chega-nos este madness, uma canção pop - será? - ligeira e romântica.
Ouvindo com mais atenção, sente-se U2 (sem ofensa) - nos versos, na sua métrica. Sente-se Queen (assumido) - quando se juntam mais vozes a Matt Bellamy. Sente-se uma inspiração feminina - Ms. Kate Hudson, what have you done??
É estranha. Um bocadinho como survival, a canção para os Jogos Olímpicos, que tive de ouvir inúmeras vezes até a conseguir compreender. E provavelmente, daqui a uns tempos, entranha.
Porque tem um refrão que nos enche de esperança no amor - e que, em jeito de guilty pleasure, gostaríamos que alguém cantasse para nós.
Porque tem uma batida viciante.
Porque é dos Muse.
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