Battle Born, uma batalha ganha.

Foi numa conversa de amigos, depois de uma hora e qualquer coisinha de um concerto maravilhoso dos Killers visto no itunes Sessions, que NR, meu amigo de há muito tempo e de outras aventuras me disse: "...mas já saiu! Ainda não viste?"
E não, não tinha visto. E muito menos ouvido. Estranho porque normalmente eu até me mantenho informada sobre estas novidades... ...problema dos problemas: estou a chegar de férias. E uma chávena quando chega de férias tem tantas coisas para pôr em dia que nem sabe muito bem para onde se há-de virar!
Portanto, sim, havia que ouvir o "Battle Born". Mas fiquei com receio. Confesso. Ainda por cima, depois de ver o concerto do iTunes Sessions... seria boa ideia pegar em "Battle Born"? É que como se diz no futebol, "em equipa que ganha não se mexe"...

Não que os Killers me tenham alguma vez desiludido, que não o fizeram. Mas seria possível eu achar que a batalha ia ser ganha de imediato depois de ouvir aquele concerto maravilhoso, pontuado com quase todas as músicas do primeiro álbum (que continua a ser o meu preferido, porque é rock n' roll...)?
Resolvi que o tinha que fazer isenta. Ou seja, dormi sobre o assunto antes de ouvir tudo com muita atenção. E ainda dormi outra vez sobre o assunto antes de escrever sobre ele. E quase que não disse nada à Concertina, que assim depois ela explica o que achou. E sempre trocamos ideias. Que as minhas, às vezes são um bocadinho... destrambelhadas? Não. Impulsivas.

De qualquer forma, vamos lá.
Dos Killers não podemos esperar menos do que muito bom. É uma daquelas coisas. Apesar de eu não ser grande fã de bandas americanas, uma coisa tem que ser aqui desde já dita: quando estamos a falar de estádios cheios de gente, de braços no ar e a bater palminhas, estamos normalmente a falar de bandas americanas. E os Killers são mesmo muito bons nisto da "musica de estádio".

Em muitas das músicas de "Battle Born" (Flesh and Bones, Battle Born, Miss Atomic Bomb, A Matter of Time, The Rising Tide e claro em Runaways) é mesmo isto que apetece fazer, bater palmas, cantar muito e saltar um bocadinho.


"Battle Born" é também um hino ao ser americano, à exaltação do americanismo tão típica do outro continente, com muito de banda country (não será até demais Senhor Flowers?), que na minha opinião é um bocadinho... alias, é demasiado slow. Muitas super baladas, muito amor no ar. Mas em slowmotion. Ora que eu sou uma chavininha do Rock, e não gosto de slows, portanto... Temos alguns problemas. Não que não ache as músicas boas, mas acho as demasiado pop. Demasiado "música de rádio". Ou seja, claramente imagino as músicas de "Battle Born" a passar na rádio (o que no meu caso não é um bom sintoma, temos pena.). Sentem-se também, em todo o álbum muitas influências de musicas dos anos 80, de slow rock melodioso e colante, com direito a grandes guitarras, excelentes linhas de baixo e uma maravilhosa bateria. (Way to go Ronnie Vannucci!!!!) Em "Heart of a Girl", notei uma grande influencia de "Walk on the Wild Side" de Lou Reed. Mas podem ser coisas minhas... (Concertina, aguardo considerações sobre isto.)


Destaco sempre e em todo o lado a voz de Brandon Flowers, que nos leva em "Miss Atomic Bomb", a passear desde uma angustia cortante no inicio até à melodia lamechas de um apaixonado. Porque como também podemos ver em "Prize Fighter" (que para já é das minhas preferidas), os Killers fazem brilhantes canções de amor. Não tendo que ser necessariamente em Slow. Os sopros de Prize Fighter trazem-nos uma sensação de "realeza", como se de repente a "rainha" daquela história merecesse todas as vénias e todas as considerações que se lhe possam fazer. Numa variação muito country, é facto... MAS, como eu disse à Concertina assim que ouvi a música: "Prize Fighter, uma canção de amor que mete uma arquitecta, a rainha de Inglaterra, instrumentos de sopro, guitarras subtis, e que me "ganhou" quando ele canta: "I'm dancing to the beat of her drum" <3"


E sim, para mim os Killers ganharam a batalha.

1 comentário:

  1. É só pra dizer que ainda não houve oportunidade para a escuta ativa do "Battle Born". mas a Runaways, com o seu refrão em jeito de american love story, já faz parte da playlist cá de casa :)

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