De volta... aos Maccabees.

Como última aposta para a vitória nos Mercury Prize Awards (quiçá a minha verdadeira aposta?) resta-me falar nos Maccabees. (E que difícil que isto é para mim, fã assumida. Porque isto vai ser faccioso. Isso eu tenho a certeza. MAS, vamos lá. Torna-se difícil analisar o álbum dos Maccabeees quando já gosto tanto dele, quando já me é algo adquirido, e quando o concerto dos rapazes foi, para mim, um dos pontos altos do Optimus Alive deste ano. Mas organizando, e ouvindo tudo outra vez, sem shuffle, e tentando ser analítica (coisa que a mim, claramente, não me assiste...), vamos la falar nas coisas que eu mais gosto em Given to The Wild.

Sobre este 3º álbum da banda de Londres, acabo por dar por mim a fazer quase sempre as mesmas considerações... do início ao fim: o facto de achar óptimo quando os álbuns têm introduções (que é sempre daquelas coisas que eu não me farto de repetir), ou como gosto tanto da voz de Orlando Weeks e da bateria de Sam Doyle. Podia ficar só por isto. Mas vamos lá tentar mostrar o que eu acho mesmo em Given To the Wild.

Começamos de mansinho, pela parte mais "calma": "Grew Up at Midnight", "Child",  "Heave", mais calmo sim, ainda que com um ritmo que pulsa a cada acorde,  e sempre com um instrumental francamente muito bom, e com a voz de Weeks a dominar, sim sim, a voz de Orlando Weeks domina. Tenho a mesma sensação em "Ayla", ou em "Slowly One".


Em "Forever I've Known", entramos no mundo do domínio da bateria. Com uma entrada grandiosa, que me faz achar que Sam Doyle tem o que poucos têm: um papel essencial na vida da banda, como só um bom baterista tem. Ainda assim, este dominio está em todas as outras musicas, sendo talvez mais notório en "Forever I've Known" e "Glimmer". Para além da maravilhosa letra, "Forever I've Known" leva-nos também para um sitio onde as guitarras poderiam ser violinos e não tenho dificuldades em achar que a musica poderia ter um acompanhamento sinfónico. O que, no meu caso, é achar que isto é mesmo muito bom.


Há mais a considerar quando se fala nos Maccabees. Não estamos "só" a falar em orquestrações e musicas melódicas, ou na boa voz e na boa bateria... Temos que considerar que eles também chegam ao mundo mais electrónico, por exemplo. (Ainda que aqui eu ache que se calhar é uma coisa que acontece mais em estúdio do que ao vivo...)Em "Go", ou em "Went Away", por exemplo, o beat e o baixo dominam. Aqui as linhas de baixo são soberbas e mais marcadas (soberbas como o são em todo o álbum, mas aqui elas soam em solo, e temos mais a noção que Rupert Jarvis é brilhante).


E quando chega o rock afinal? O rock chega em "Pelican", em "unknown", em "Feel to Follow", se é que ainda não tinha chegado antes. Chega de forma mais explicita se quiserem. Ou melhor, a mim soa me mais a rock. A multidões de braços no ar. A cantorias e a braços no ar. Como eu gosto.

Sobre os Maccabees, não só em Given to The wild, mas sobre os Maccabees por si só, não me posso não dizer que são mestres em criar clímax nas musicas. Como que a uniformizar todas as musicas de que falei, e todas as outras que já não entram aqui tem algo que não as deixa ser de mais ninguém, que é como se fosse uma "marca": os crescendos,  e todo um dramatismo inerente a eles que nos deixa quase sem respirar a meio da musica, quando se solta toda a força que estava a espera para sair... Estas pausas com crescendos que nos aparecem ao longo das musicas e que são grandiosos momentos ao vivo.

Para mim, os Maccabees são como um bom livro, (até porque para mim as musicas normalmente vêm acompanhadas de imagens e momentos) daqueles que uma pessoa pega, lê de uma assentada, sem conseguir parar, e que no fim nos deixam um gosto de "quero mais". Portanto, até dia 27 de Novembro, quando os Maccabees vão estar no Pavilhão Atlantico... Entro oficialmente em Coutdown.

"Forever I’ve known nothing stays forever, Couldn’t you still try..." em Forever I've Known.

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