A terra dos beijos, ou "finalmente o album do The Weeknd."

Uma das coisas que eu mais gosto aquando dos festivais de verão é quando, de repente, no meio de uma multidão, nos podemos apaixonar por uma banda, ou um projecto musical qualquer, mesmo sem sabermos exactamente o que estamos a ouvir, ou o que é. E sim, foi assim que eu conheci The Weeknd. No ano passado, num maravilhoso Porto Primavera Sounds que deixou muitas saudades.

Um concerto memorável que fez com que eu não quisesse mais perder de vista o som de Abel Tesfaye, com toda uma colecção de mixtapes e afins, e com um som absolutamente inesquecível. Agora, finalmente lançou o álbum novo de originais. O que dizer???  IUPYYYYY!!!!!, claro.



Na altura, lembro me de ter ficado fascinada com a voz delico-doce do rapaz, num falsete muito característico  que brilhava por entre samplers brutais de músicos como os Beach House ou Aaliyah, por exemplo, um som que desperta a atenção porque é muito mais do que o comum R&B, era tão, mas tão mais que isso.



E é exactamente isso o que podemos encontrar neste Kiss Land, uma mistura genial de samplers que se reconhecem, de bandas que ouvimos no nosso dia-a-dia, com influencias que vão desde a música árabe aos blues, passando muitas vezes pelo Punk Rock ou pelo Rock alternativo. Sempre com um som muito intenso, denso, muito "noir" e muito cru, sempre acompanhados com letras muito urbanas, psico-deprimentes mas muito reais, e acima de tudo muito explicitas.



Kiss Land é um álbum novo na verdadeira essência da palavra, novo na forma, novo no conteúdo e novo na abordagem que The Weeknd faz ao seu próprio som.



É, por isso, estranho destacar uma ou duas músicas de Kiss Land, que é um álbum coeso e interligado, como se cada musica fosse uma historia, mas que lhe pertence. E que, consequentemente nos pertence a nós, que o ouvimos. Do inicio ao fim. 




Ouvir Kiss Land é, por isso, bom. É muito bom, acrescento ainda! Não estranho por isso que a critica tenha dito que The Weeknd é o "songbird of his generation". Porque aqui temos tudo, temos a herança do passado, mas sobretudo o som. E é este som que eu acho que nos pode guiar no futuro.
"...We'll learn to love how to dream, dream, You'll learn to love how to dream, dream..." em Love in The Sky.

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