Precisamos de comprimidos? Os Fratellis acham que sim. E eu até sou menina para concordar.
(Desengane-se quem aqui tiver vindo parar para saber da família de criminosos dos Goonies. Considere-se isto um pré-aviso.)
Hoje vamos falar de rock.
Não.
Quer dizer sim e não?
Mais ou menos.
Eu explico, falar nos Fratellis é falar de som e de coisas novas ao mesmo tempo que falamos de coisas antigas. É falar de rock ao mesmo tempo que falamos de blues, e de indie, de folk e até de gospell. É ouvir musica enérgica e vibrante, que nos leva a passear a influencia tão diversas como os The Who ou David Bowie, ou dos Supergrass aos Ramones, por exemplo.
E depois de uma pausa, que a mim me pareceu demasiado longa, eu confesso que este We Need Medicine tem sido (juntamente com AM dos Arctic Monkeys) o que mais toca cá em casa e morada inalterável no carro desde que saiu.
Comecemos então pelo inicio. Algures, a meio de Agosto, saiu 7 Days and 7 Nights, o single. Que se colou. E que serviu para que eu não me esquecesse que ouvir os Fratellis é tão bom, e tão divertido. E tão irónico E se há coisa que eu gosto é da ironia.
"..I'll be over the line, I'll be under the spell, I'll be the comeback king, on his way home from hell..."
Depois, passado não muito tempo (como eu gosto), sai na Rolling Stone um exclusivo de This Old Ghost Town. Menos Blues e mais Rock? ou, talvez, menos folk e mais rock? Ainda assim soube a pouco. E eu só sosseguei quando saiu o álbum inteiro. Com direito a palmas e a ideias geniais de os ir ver a algum sitio, dado que, ainda não percebi porque, mas parece que nunca ninguém se lembrou de os trazer cá. (Concertina, amiga, planos para 2014. Calma.)
"...Come now honey, I may be just a fool, but I've got principles, I'm unlucky, You may be alive but you're not invincible..."
Por razões óbvias para quem me costuma ler e/ou me conhece, a primeira musica que me saltou a vista assim que o iTunes descarregou We Need Medicine, She's Not Gone Yet But She's Leaving foi a primeira a ser ouvida, e eu confesso que o "bluesy" da coisa se colou. E eu, ainda hoje, acho que esta é das melhores coisinhas que o álbum tem.
"...One part evil, three-fifths blind...and she's oh so delicate and still don't mind... Well there's a chance that she knows where the bodies are kept, she's not gone yet but she's leaving..."
Com Whisky Saga, viajamos aos primordios dos Fratellis, e não é dificil vermos aqui uma descendente directa de Henrietta ou de Chelsea Dagger, rock em estado puro, em excesso com eles tão bem sabem fazer.
"...I was getting ready, I was shaking, I was Steady, I was pleading to be left alive, Well I was digging for the gold, Just waiting to be told, That my cheating heart would survive."
Chega Halloween Blues, que juntamente com Rock n' Roll Will Breack Your Heart (outra das minhas preferidas) são um modo mais blues, e não necessariamente calmo ou melancólico mas em mais irónico e mais sentimental. Se assim se pode dizer.
"Well I'm Gonna Make You Love me, I'm Gonna make you wish that you'd never been born, Now you wish you'd never met me, I can be the joker that you couldn't shake off, and I'm gonna make you need me, I'm Gonna be the drink than you couldn't put down, I swear it won't be easy..."
"...I'm the man who shot the moon and cried, Let those thieves and bastards all collide, Take these words and burn them if you don't mind..."
Em Shotgun Shoes, Until She Saves My Soul ou This is Not The End of The World, vemos um lado mais morninho de We Need Medicine, se conseguirmos considerar os Fratellis uma banda capaz de fazer coisas mornas. Lá está. Não, não sou grande apreciadora. Mas tenho a noção que os álbuns tem também que ter destas coisas. Ou melhor, ter, ter... até não tem, mas diz que é assim que funciona. (Valham-me aqui as letras das musicas, que são sempre tão boas. Poetas na Escócia? Pois diz que sim.)
"...I never did get the meaning of reality checks, I dreamed my way out the bedroom with no time to reflect..."
(Para ultimo, as duas ultimas musicas do meu top 4, sem ordem de preferência.)
Jeannie Nitro tem um "ar" antigo. E soa me familiar desde a primeira vez que a ouvi. A Concertina também achou. Mas nenhuma de nós se conseguiu lembrar de onde conhecia isto. Lembra me, sim, qualquer coisa antiga, muito cantável, e não iria ficar nada espantada se, por acaso, um destes dias, começássemos a ouvir isto cantado num dos estádios de futebol Escoceses, como aconteceu com algumas das musicas de outros álbuns da banda.
Quanto mais não seja, nós cantamos.
E muito.
"The sun didn't Shine and for fourty days all it did was rain..."
Para ultimo, a musica homónima We Need Medicine é uma lufada de ar fresco, que em álbum tem qualquer coisa de Gospel. (E sim, no carro dá direito a "Aleluias" e tudo sempre que a gerência se junta cá no Porto.)
Não sei se é bem isto, mas eu já explico.
Num tempo em que em muitos dias nos sentimos capazes de abandonar tudo e ir embora, ou, noutros estamos claramente fartos de tudo e precisamos de mudar a nossa vida, We Need Medicine (o álbum vem carregado de mensagens. Se umas vem mascaradas de ironia outras são mais "legíveis" à primeira, as de ir embora, as de redenção, as que nos aconselham a por tudo em perspectiva...
Eu? eu acho que é valido. Tão valido como em alguns dias, quando eu acho que devia haver comprimidos para as pessoas absurdas que nos aparecem à frente, ou outros para quando tudo parece correr mal. AH, CALMA!!!!!, mas para isso, meus amigos, há We Need Medicine (e outros álbuns assim), que nos faz querer ouvir mais e mais, e pensar: "simples, não é?"
"We Need Medicine, and We Need it now, To get us through the end of time." em We Need Medicine.
Hoje vamos falar de rock.
Não.
Quer dizer sim e não?
Mais ou menos.
Eu explico, falar nos Fratellis é falar de som e de coisas novas ao mesmo tempo que falamos de coisas antigas. É falar de rock ao mesmo tempo que falamos de blues, e de indie, de folk e até de gospell. É ouvir musica enérgica e vibrante, que nos leva a passear a influencia tão diversas como os The Who ou David Bowie, ou dos Supergrass aos Ramones, por exemplo.
E depois de uma pausa, que a mim me pareceu demasiado longa, eu confesso que este We Need Medicine tem sido (juntamente com AM dos Arctic Monkeys) o que mais toca cá em casa e morada inalterável no carro desde que saiu.
Comecemos então pelo inicio. Algures, a meio de Agosto, saiu 7 Days and 7 Nights, o single. Que se colou. E que serviu para que eu não me esquecesse que ouvir os Fratellis é tão bom, e tão divertido. E tão irónico E se há coisa que eu gosto é da ironia.
"..I'll be over the line, I'll be under the spell, I'll be the comeback king, on his way home from hell..."
Depois, passado não muito tempo (como eu gosto), sai na Rolling Stone um exclusivo de This Old Ghost Town. Menos Blues e mais Rock? ou, talvez, menos folk e mais rock? Ainda assim soube a pouco. E eu só sosseguei quando saiu o álbum inteiro. Com direito a palmas e a ideias geniais de os ir ver a algum sitio, dado que, ainda não percebi porque, mas parece que nunca ninguém se lembrou de os trazer cá. (Concertina, amiga, planos para 2014. Calma.)
"...Come now honey, I may be just a fool, but I've got principles, I'm unlucky, You may be alive but you're not invincible..."
Por razões óbvias para quem me costuma ler e/ou me conhece, a primeira musica que me saltou a vista assim que o iTunes descarregou We Need Medicine, She's Not Gone Yet But She's Leaving foi a primeira a ser ouvida, e eu confesso que o "bluesy" da coisa se colou. E eu, ainda hoje, acho que esta é das melhores coisinhas que o álbum tem.
"...One part evil, three-fifths blind...and she's oh so delicate and still don't mind... Well there's a chance that she knows where the bodies are kept, she's not gone yet but she's leaving..."
Com Whisky Saga, viajamos aos primordios dos Fratellis, e não é dificil vermos aqui uma descendente directa de Henrietta ou de Chelsea Dagger, rock em estado puro, em excesso com eles tão bem sabem fazer.
"...I was getting ready, I was shaking, I was Steady, I was pleading to be left alive, Well I was digging for the gold, Just waiting to be told, That my cheating heart would survive."
Chega Halloween Blues, que juntamente com Rock n' Roll Will Breack Your Heart (outra das minhas preferidas) são um modo mais blues, e não necessariamente calmo ou melancólico mas em mais irónico e mais sentimental. Se assim se pode dizer.
"Well I'm Gonna Make You Love me, I'm Gonna make you wish that you'd never been born, Now you wish you'd never met me, I can be the joker that you couldn't shake off, and I'm gonna make you need me, I'm Gonna be the drink than you couldn't put down, I swear it won't be easy..."
"...I'm the man who shot the moon and cried, Let those thieves and bastards all collide, Take these words and burn them if you don't mind..."
Em Shotgun Shoes, Until She Saves My Soul ou This is Not The End of The World, vemos um lado mais morninho de We Need Medicine, se conseguirmos considerar os Fratellis uma banda capaz de fazer coisas mornas. Lá está. Não, não sou grande apreciadora. Mas tenho a noção que os álbuns tem também que ter destas coisas. Ou melhor, ter, ter... até não tem, mas diz que é assim que funciona. (Valham-me aqui as letras das musicas, que são sempre tão boas. Poetas na Escócia? Pois diz que sim.)
"...I never did get the meaning of reality checks, I dreamed my way out the bedroom with no time to reflect..."
(Para ultimo, as duas ultimas musicas do meu top 4, sem ordem de preferência.)
Jeannie Nitro tem um "ar" antigo. E soa me familiar desde a primeira vez que a ouvi. A Concertina também achou. Mas nenhuma de nós se conseguiu lembrar de onde conhecia isto. Lembra me, sim, qualquer coisa antiga, muito cantável, e não iria ficar nada espantada se, por acaso, um destes dias, começássemos a ouvir isto cantado num dos estádios de futebol Escoceses, como aconteceu com algumas das musicas de outros álbuns da banda.
Quanto mais não seja, nós cantamos.
E muito.
"The sun didn't Shine and for fourty days all it did was rain..."
Para ultimo, a musica homónima We Need Medicine é uma lufada de ar fresco, que em álbum tem qualquer coisa de Gospel. (E sim, no carro dá direito a "Aleluias" e tudo sempre que a gerência se junta cá no Porto.)
Não sei se é bem isto, mas eu já explico.
Num tempo em que em muitos dias nos sentimos capazes de abandonar tudo e ir embora, ou, noutros estamos claramente fartos de tudo e precisamos de mudar a nossa vida, We Need Medicine (o álbum vem carregado de mensagens. Se umas vem mascaradas de ironia outras são mais "legíveis" à primeira, as de ir embora, as de redenção, as que nos aconselham a por tudo em perspectiva...
Eu? eu acho que é valido. Tão valido como em alguns dias, quando eu acho que devia haver comprimidos para as pessoas absurdas que nos aparecem à frente, ou outros para quando tudo parece correr mal. AH, CALMA!!!!!, mas para isso, meus amigos, há We Need Medicine (e outros álbuns assim), que nos faz querer ouvir mais e mais, e pensar: "simples, não é?"
"We Need Medicine, and We Need it now, To get us through the end of time." em We Need Medicine.
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