Portugal Festival Awards: rescaldo de uma noite assim-assim
25 de Outubro de 2013, Aula Magna, primeira edição dos Portugal Festival Awards.
E não foi bom (aliás, a Chavininha até acha que foi mau...). Não querendo desmerecer o trabalho dos envolvidos no projecto, a verdade é que ficou muito aquém das expectativas - e muito colado ao universo "Globos de Ouro" e afins.
O efeito musical dramático patrocinado pela The West European Symphony Orchestra (que fez com que no dia seguinte o nosso acompanhante continuasse a ouvir em repeat na sua cabeça os interlúdios tocados pela mesma), os apresentadores em modo "pseudo-chique", o "pseudo-formalismo" do evento que - por vezes - se tornou demasiado ridículo/forçado.
O efeito musical dramático patrocinado pela The West European Symphony Orchestra (que fez com que no dia seguinte o nosso acompanhante continuasse a ouvir em repeat na sua cabeça os interlúdios tocados pela mesma), os apresentadores em modo "pseudo-chique", o "pseudo-formalismo" do evento que - por vezes - se tornou demasiado ridículo/forçado.
Mas nem tudo foi sofrível. Noiserv em palco, excelente e talvez o momento em que a orquestra melhor se integrou - nas actuações e no próprio evento. O discurso de vitória do moço do Milhões de Festa (brilhante!) e a "tensão" entre Pedro Boucherie Mendes e Álvaro Covões (para a Chavininha este foi, aliás, o melhor momento de toda a noite).
As actuações não foram grande coisa, é certo - gostar, gostar, só mesmo muito de Noiserv - claro :) - e de Memória de Peixe (ainda que a de DJ Ride não tenha sido má). E não se compreende como é que os nomeados para prémio revelação incluem artistas que - felizmente para a cena musical portuguesa - já fazem parte dos cartazes dos festivais há algum tempo. Excepção feita às Anarchicks, que só por isso - e mais nada - deveriam ter levado o prémio para casa.
Sobre os restantes vencedores, não há muito a dizer. 10 categorias a cargo do público, 5 a cargo de um painel de jurados. Sem surpresas, a Everything is New e sobretudo o festival Optimus Alive foram os (grandes) vencedores da noite.
A listagem completa está disponível no site oficial, e nós destacamos estes, que por acaso até foram as nossas escolhas:
Melhor Campismo: Vodafone Paredes de Coura
Melhores WC’s: Optimus Alive
Melhor Festival Não Urbano: Vodafone Paredes de Coura
Melhor Festival Urbano: Optimus Alive
Melhor Cabeça de Cartaz: Arctic Monkeys no Super Bock Super Rock
Melhor Cartaz: Optimus Alive
Promotora do Ano: Everything Is New
Melhor Festival de Pequena Dimensão: Milhões de Festa
Melhor Festival de Média Dimensão: Sumol Summer Fest
Melhor Festival de Grande Dimensão: Optimus Alive
Actuações e prémios - justos ou não - à parte, em nossa opinião, esforçaram-se demasiado, quando o que se pedia era algo mais descontraído. E mais informal, mais animado, mais divertido - ora bem, os apresentadores não tiveram graça... - sobretudo porque se estavam a premiar festivais - onde o ambiente é tudo menos formal, aliás, são sempre uma festa: uma festa de música, de pessoas, de excentricidades... uma festa. Para muita gente até "A" festa do verão.
Parece que, por momentos, tentaram tanto que a iniciativa fosse levada a sério, que tudo se esfumou perante pequenos detalhes falhados. Como se por acaso uma coisa mais descontraída não fosse fácil de ser levada a sério, ou que só se a "coisa" fosse mais "séria" é que poderia ser levada a sério. Ainda assim, «há que louvar a iniciativa». Pois claro. Mas há que limar arestas e (tentar) não repetir os mesmos erros no próximo ano.
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