Mercury Prize 2013: os moços da cena indie folk
A terminar as análises conjuntas, Jake Bugg, inglês e Conor O'Brien - encabeçando os Villagers - irlandês. Ambos influenciados pelos clássicos do rock: The Beatles e Bob Dylan, Paul Simon e Robert Wyatt.
Vamos lá por partes. Jake Bugg é novidade. Ou pelo menos foi no final do ano passado. A primeira vez que ouvi "Two Fingers", achei que estávamos perante algo de diferente. Há algo de interessante na voz anasalada de Bugg, apesar desse sentimento se desintegrar nos temas mais calmos como "Broken" ou "Slide". "Lightning Bolt", "Two Fingers", "Taste It" são momentos simpáticos, "Seen It All" soa a qualquer coisa dos Beatles, "Simple As This" faz-nos regressar ao mundo do folk dos anos 70, e em "Country Song", Jake Bugg passeia-se pelo country - o que nem é descabido tendo em conta a particularidade da sua voz. As restantes não trazem nada de novo e poderiam muito bem não constar do disco. Mas o moço tem talento e até agora, foi dos que menos desagradou.
Já os Villagers, não me aquecem nem arrefecem. Não que sejam maus, que não são, mas também não são extraordinários. Para mim, são toleráveis. Mas só às vezes. Em "The Waves" ou "The Bell", que são mais animadas que todas as outras, e só por isso são melhores. Ou em "Passing A Message", que mexe com mais instrumentos, o que a torna mais rica - ou em Rhythm Composer, o último tema do disco, provavelmente a única canção que tem a ver comigo - uma melodia que não nos importamos de trautear, uma miscelânea de instrumentos que dão vida ao tema, um refrão simpático... e por esta altura é curioso como se notam parecenças com algum do som de Jamie Cullum. 5 minutos melodiosos, mas que não fazem esquecer tudo o resto.
E depois destes, em que Jake Bugg sai vencedor, confesso que se a lista não integrasse mais nenhum nome, teria ficado desiludida. Felizmente, há coisas boas...
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