A revolução do coração Pop, ou sejam bem-vindos ao som dos Heartsrevolution

Ás vezes, precisamos de uma lufada de ar-fresco, de sair da nossa "zona de conforto"
Pelo menos até encontrarmos outra igual, ou outro sítio onde nos sintamos igualmente bem.


Eu confesso que, foi mais ou menos isso que me aconteceu quando comecei a ouvir os Heartsrevolution: foi como sair da tal "zona de conforto" e dos meus sons mais habituais, e, dei por mim parada num sítio novo, ainda que com muitas lembranças de um outro passado sonoro.


Foi como sair do mundo Pop a que, de vez em quando, se vai parar, mas, ao mesmo tempo, sem sair completamente dele.
Ah?


Porque os Heartsrevolution são donos de um som que, se por um lado está cheio de Pop do mais puro, não deixam nunca de lado os sons mais electrónicos e, eu arrisco até dizer que lhe misturam um pouco de punk, no que diz respeito á forma como Layla "Lo" Safai canta, e que, acaba por, sem eu querer, me levar ao início dos Ting Tings, antes de eles acharem que deviam perder a garra e se deixarem levar para o universo do Disco Sound.




Claro que, o facto de os Heartsrevolution serem uma banda com o selo Kitsuné Maison também ajudou. 
Porque, como eu já disse, é uma realidade que eles por lá só fazem/ produzem/ agenciam/ criam/ trabalham com bandas de muita qualidade. 

A própria NME, que às vezes é de gosto difícil, define a banda como "...o modelo no "novo"grupo Pop...", o que acaba por também aumentar a fasquia. 

Sendo assim, o que dizer acerca do álbum homónimo da banda?

Que desde a entrada brilhante de "Iscream Bombs" até ao fim de festa com "We Out..." tudo vem cheio de energia, de Pop dançável em alguns momentos e de electrónica Pop noutros. 
Sempre em muito bom.



Eu, por mim, saliento "Ride or Die" (com a crueza quase infantil da voz de Layla a reinar no meio do som meio distorcido e mais agreste, cheio de uma urgência gritante que me desconcerta sempre que começa a tocar), "Kill Your Radio" (com toda aquela energia absoluta, que é, para mim, a imagem de marca dos Heartsrevolution), ou "Kish Kaisei" (por outro lado, com o seu som mais cuidado e mais oriental, com crescendos e pausas tão sublimes é tão precisas que são a própria essência da banda). 
Claro que há mais, mas isso fica para quando ouvirem Heartsrevolution, o álbum e tirarem as vossas próprias conclusões acerca deste assunto.

Continuo a achar que os Heartsrevolution são uma lufada de ar fresco num mundo de sons que são cada vez mais iguais. 
É isso, a mim, anima-me.
E é por isso que eles passaram a fazer parte da minha playlist logo que os descobri.
E até ver, não vão de lá sair.

Sem comentários:

Imagens de temas por merrymoonmary. Com tecnologia do Blogger.